Da Redação
Com Lusa
Os proveitos da atividade hoteleira na região Centro aumentaram 26% entre março de 2017 e março de 2018, mantendo-se acima da média nacional também no número de dormidas, segundo dados preliminares do INE.
No período de um ano, as receitas hoteleiras na área da Turismo do Centro passaram de 14,6 milhões para 18,5 milhões de euros (mais 26,4%), tendo o rendimento médio por quarto disponível registado também um crescimento de 16,3 euros para 19,3 euros.
“Os números revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e que dão conta da atividade turística nos estabelecimentos hoteleiros e similares, mostram um crescimento muito expressivo na região no terceiro mês do ano, em relação a março de 2017”, confirma a Turismo do Centro, num primeiro comentário aos dados do INE.
No total de hóspedes, o mês de março de 2018, em comparação com o mesmo mês de 2017, registrou um aumento percentual de 13,2%. Tinham sido 197.140 em março de 2017 e foram 223.133 no mesmo mês de 2018, um crescimento de 25.993 hóspedes.
No indicador do número de dormidas, o Centro de Portugal cresceu 17,4%, acima da média nacional, que foi de 10,3%.
Em março de 2017, tinham sido contabilizadas 322.735 dormidas na região; em março de 2018 foram 378.832. Para esta subida contribuiu o fato de o fim de semana da Páscoa ter coincidido com os últimos dias do mês.
“De notar que a subida foi tão significativa entre os visitantes nacionais como entre os estrangeiros: as dormidas provenientes de hóspedes nacionais cresceram 18,1%, para 221.943, enquanto as dos estrangeiros tiveram um aumento de 16,4%, para 156.889”, destaca a Turismo do Centro.
A Entidade Regional, presidida por Pedro Machado, garante que “estes números extremamente positivos confirmam e consolidam a tendência dos últimos anos: o Centro de Portugal é das regiões do país que mais cresce e a qualidade das suas unidades hoteleiras está a ser reconhecida por cada vez mais visitantes, de dentro e fora do país”.
Páscoa
A Páscoa fez crescer a atividade hoteleira em Portugal, com o número de hóspedes a subir 11,6% para 1,5 milhões e o de dormidas 10,3% para quatro milhões em março, na comparação homóloga.
O INE notou que o mercado espanhol (12,7% do total), “tradicionalmente sensível ao ‘efeito Páscoa’” apresentou um crescimento expressivo de 75,1%, enquanto no primeiro trimestre cresceu 30%.
O mercado britânico (18% das dormidas de não residentes) recuou 5,6% em março, mantendo a tendência dos últimos meses, registando no primeiro trimestre de 2018 uma diminuição de 5,9%.
As dormidas de hóspedes alemães (16,4% do total) apresentaram uma ligeira redução em março (-0,2%), mas desde o início do ano cresceu 1,3%.
Quanto a França (8,1% do total de dormidas), registou-se um aumento de 11,8% em março, um valor superior ao verificado no primeiro trimestre do ano (+11,3%).
As dormidas de hóspedes dos Países Baixos (5% do total) recuaram 17,1% em março. Nos primeiros três meses do ano, este mercado tinha diminuído 11,7%, “dando continuidade às reduções verificadas desde o segundo trimestre de 2017”.
Em março, o INE assinalou ainda os crescimentos nos mercados norte-americano (+17,7%) e italiano (+10,9%). No primeiro trimestre do ano, para além de Espanha, destacaram-se a Suécia (22,8%), os EUA (22,3%) e o Brasil (16,3%).
Por regiões, com exceção da Madeira (-2,8%), todas cresceram em termos de dormidas, com destaque para o Alentejo (+29,9%), Norte (18,9%) e Centro (+17,4%).
As dormidas do mercado interno aumentaram em todas as regiões, com realce para o Algarve (40%), Alentejo (30,8%) e Centro (18,1%), enquanto nas dormidas de não residentes houve aumentos mais expressivos no Alentejo (28,5%), Norte (24,2%) e Centro (16,4%).
A estada média de 2,64 noites reduziu-se 1,1% devido aos não residentes (-3,2%), já que a estada média dos residentes aumentou 4,7%.
O INE assinalou ainda o aumento da taxa líquida de ocupação-cama (43,0%) em 2,8 pontos percentuais em março (+1,7 p.p. em fevereiro) e que os proveitos totais atingiram os 220,5 milhões de euros (+17,5%) e os de aposento 157,2 milhões de euros (+21,1%), acelerando face a fevereiro (+10,9% e 11,5%, respetivamente).