Da Redação
O Ministro português da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes, elogiou a missão que os navios da Marinha portuguesa “Bérrio” e “Zaire” vão cumprir em São Tomé e Príncipe.
José Azeredo Lopes presidiu à cerimônia de despedida dos dois navios na base naval do Alfeite, onde sublinhou o bom estado da cooperação entre Portugal e São Tomé.
O Ministro disse que o navio patrulha Zaire vai cumprir uma missão “inovadora e determinante” para a formação da guarda costeira de São Tomé e para o “desenvolvimento mais profícuo da cooperação entre os dois países na área da Defesa”, que se iniciou há 30 anos. O navio Bérrio é um navio abastecedor que estará também nesta missão.
Manter a segurança no Golfo da Guiné
“Portugal é hoje um verdadeiro produtor de segurança no mundo, e esta missão é mais um exemplo”, afirmou ainda Azeredo Lopes, lembrando a importância do Golfo da Guiné para Portugal e o mundo, uma região que, “ao longo dos séculos, tem tido um papel maior no comércio internacional”.
O Ministro acrescentou: “Aí se concentra uma percentagem considerável de produção de petróleo e hidrocarbonetos, e pela zona passam importantes rotas de comércio, incluindo navios de pavilhão português, que é preciso manter seguros, e onde existem ameaças e riscos”.
“Aí se tem verificado também um crescente aumento de atividades ilícitas no mar, como a pirataria, o roubo à mão armada e os tráficos de droga, de armas e de pessoas por via marítima”, disse.
Formação da guarda costeira
Além da segurança, a missão dos dois navios da Marinha portuguesa passa pela formação da guarda costeira de São Tomé e Príncipe, para que o país consiga capacidades para controlar e administrar as suas águas, segundo Azeredo Lopes.
“Com o aumento da segurança no Golfo da Guiné, estima-se que as receitas de São Tomé em matéria de pescas possam aumentar significativamente”, concluiu.