Da Redação
Com Lusa
A região de Tâmega e Sousa vai acolher, em 2018, a terceira edição do Encontro de Investidores da Diáspora e, os Açores, o primeiro encontro intercalar da iniciativa, anunciou o secretário de Estado das Comunidades.
José Luís Carneiro, que falava em Viana do Castelo, na sessão de encerramento do II Encontro de Investidores da Diáspora dia 16, onde marcaram presença 570 participantes, adiantou que o próximo evento ocorrerá “em dezembro de 2018 no território da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa”.
“Trata-se de uma região com muita emigração. Com indicadores sociais que exigem mais investimento na valorização dos recursos. Conjuga o tecido rural com o industrial em setores como o agroalimentar, restauração e turismo cultural, como a rota do românico, dos escritores e Douro, a indústria do calçado e do mobiliário”, especificou.
O governante referiu também que, “a partir de 2018, serão lançados Encontros Intercalares de Investidores da Diáspora, alternadamente, nos Açores na Madeira”, sendo o primeiro no arquipélago açoriano.
Organizada pela secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, pelo Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, a Câmara de Viana do Castelo e pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, o evento reuniu, em dois dias, “um total de 570 participantes, entre eles 340 representantes de empresas, câmaras de comércio e associações de portugueses vindos de 36 países”.
“Proporcionou informações e esclarecimentos sobre oportunidades de investimento em Portugal e sobre oportunidades de investimento nos países e regiões onde temos comunidades portuguesas”, disse José Luis Carneiro.
O governante adiantou que “o encontro consolidou-se como uma boa prática de atração e valorização do investimento da diáspora em Portugal e como rede de internacionalização dos empresários que querem internacionalizar os seus negócios onde existem comunidades portuguesas”.
“Portugal é um país de oportunidades para o investimento da diáspora e a diáspora constitui uma oportunidade para a internacionalização das empresas portuguesas no mundo”, reforçou.
O secretário de Estado da Internacionalização, também presente na sessão de encerramento, destacou “a decisão do Governo de atribuir o estatuto de utilidade pública às câmaras de comércio dos portugueses no mundo”, aplaudida pelo responsável da câmara de comércio e indústria franco-portuguesa.
“Há anos que estávamos à espera da decisão. Este assunto foi posto aos diferentes governos. Tivemos um que cumpriu. Agradecemos ao Governo este reconhecimento. Esta decisão vai proporcionar um trabalho mais qualificado, do ponto de vista institucional, na promoção da economia portuguesa no estrangeiro e do investimento estrangeiro em Portugal”, afirmou Carlos Vinhas Pereira.
Para o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, “foi um acontecimento importante, visto ter sido manifestada a intenção de dois novos investimentos”.
“Uma fábrica de materiais de decoração que irá fornecer, a partir de Viana, todas as lojas da Yves Saint Laurent e da Gucci em todo o Mundo. Foi, também, sinalizado um investimento na área do turismo, através da construção de um parque aquático em Viana do Castelo, por uma empresa luso francesa da zona de Paris”, exemplificou.
Revelou que, no âmbito da CIM Alto Minho, foram encetados contatos com a câmara de comércio luso- Suíça, com a câmara de comércio de Minas Gerais, Brasil, e com a câmara de comércio franco- portuguesa de Paris, França, para que aquela estrutura que agrega os dez concelhos do Alto Minho se apresente com uma missão empresarial em feiras e eventos nestes territórios”.