Cavaco felicita novo presidente e Primeiro-Ministro promete máxima lealdade

Mundo Lusíada
Com agencias

PM_AntonioCostaPSO primeiro-ministro, António Costa, felicitou Marcelo Rebelo de Sousa pela sua eleição para Presidente da República, a quem prometeu “máxima lealdade e plena cooperação institucional”, e congratulou-se com a fraca expressão das candidaturas populistas.

António Costa falava em nome do Governo, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, numa reação oficial (sem direito a perguntas dos jornalistas) ao triunfo logo à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais.

“Em nome do Governo, quero felicitar o senhor professor Marcelo Rebelo de Sousa como vencedor das eleições presidenciais e formular votos sinceros dos maiores sucessos no exercício do mandato que hoje lhe foi conferido pelos portugueses. Ao Presidente da República agora eleito quero reafirmar o compromisso de máxima lealdade e plena cooperação institucional que tive a oportunidade de expressar aquando da tomada de posse do atual Governo”, declarou o primeiro-ministro.

Também o presidente Aníbal Cavaco Silva felicitou o seu sucessor, desejando a Marcelo Rebelo de Sousa “os maiores sucessos no exercício de funções de grande exigência e fundamental importância para o futuro” do país.

Segundo disse à agência Lusa uma fonte oficial da Presidência da República, o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, telefonou a Marcelo Rebelo de Sousa quando este ainda se encontrava na sua sede de candidatura, transmitindo-lhe as “suas felicitações pelo êxito alcançado na eleição para a Presidência da República Portuguesa”.

A mesma fonte acrescentou ainda que Cavaco Silva desejou ao Presidente eleito “os maiores sucessos no exercício de funções de grande exigência e fundamental importância para o futuro de Portugal e dos portugueses”.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, também felicitou Marcelo pela vitória e disse que o resultado dá ao candidato uma “autoridade inequívoca”.

Numa declaração na sede o PSD, Passos Coelho cumprimentou todos os candidatos e felicitou o candidato pela vitória, “como de resto era o desejo do PSD”.

Passos Coelho lembrou que houve um elevado nível de abstenção, mas acrescentou que a vitória à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa “empresta-lhe uma autoridade inequívoca”.

O presidente do PSD lembrou que o papel de um Presidente da República não é o de sobrepor aos partidos mas estar além deles, bem como de colaboração institucional, e disse ter a certeza de que esse papel será desempenhado por Marcelo Rebelo de Sousa, “de acordo com os princípios do que constitucionalmente cabe a um Presidente da República”.

Nóvoa: O meu presidente
O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa reconheceu a derrota nas eleições presidenciais e definiu Marcelo Rebelo de Sousa, o vencedor, como o seu presidente e o de todos os portugueses.

“A partir de hoje Marcelo Rebelo de Sousa é o meu presidente e o de todos os portugueses”, vincou Nóvoa numa declaração na sua sede de campanha, em Lisboa, onde assumiu a derrota no sufrágio para Belém.

Durante o seu discurso, Nóvoa sublinhou o caráter positivo da sua campanha, afirmando que tentou apelar “à união contra fraturas e clivagens”, união para a qual diz agora querer continuar a contribuir.

“Também agora quero contribuir para esta união em torno do povo português, sem hesitações, sem reticências e com uma profunda convicção democrática”, declarou, assumindo a responsabilidade por não ter conseguido passar à segunda volta.

O antigo reitor frisou que o “pouco” que faltou para passar à segunda volta é da sua “inteira responsabilidade”, porque “a mobilização das pessoas foi absolutamente impressionante” e é uma marca “que não se apaga da nossa democracia”.

Nóvoa aproveitou ainda para apelar aos portugueses para que mantenham a sua participação cívica e também que se unam em torno de uma “força tranquila de convergências internas” para que o país “melhor se possa afirmar no exterior”.

O candidato que ficou em segundo lugar nestas eleições presidenciais agradeceu aos portugueses a confiança que nele depositaram, vincando que o caminho que fez em conjunto com todos os que o apoiaram “termina aqui”.

Nóvoa terminou o seu discurso sob fortes aplausos das dezenas de pessoas que se encontravam na sede de campanha da sua candidatura, em Lisboa, enquanto gritavam “obrigado”.

A candidata apoiada pelo BE, Marisa Matias, assumiu que o objetivo da segunda volta falhou, mas considerou que “os resultados também demonstraram que há uma enorme onda de esperança que está a crescer” no país e que “está a fazer o seu caminho”.

Maria de Belém – que ficou em quarto lugar com pouco mais de 4% dos votos – foi a primeira candidata a assumir a derrota, depois de uma “campanha difícil”, e a anunciar que já tinha saudado o “novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa”.

Edgar Silva, que teve o pior resultado de candidatos apoiados pelo PCP, assumiu que o resultado eleitoral desejado ficou por alcançar, mas prometeu continuar a “sonhar coisas impossíveis” e com um Portugal melhor, de “progresso e justiça social”.

Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, manifestou-se “muito contente” com o resultado eleitoral, lembrando que foi “o sexto filho, o sexto no boletim de voto e o sexto” nestas eleições.

Paulo de Morais admitiu que o resultado das eleições ficou “muito aquém” do esperado, mas realçou que o tema que sempre defendeu, do combate à corrupção, “não pode sair mais da agenda política”.

Henrique Neto disse esperar que Marcelo Rebelo de Sousa surpreenda os portugueses como novo Presidente da República e que seja um “fator positivo da mudança profunda que o país precisa”.

Jorge Sequeira disse que ainda não é “suficientemente político” para dizer que teve uma vitória, mas reconheceu que nos seus “sonhos mais profundos” esperou ter mais votos.

Cândido Ferreira, o candidato com menos votos, considerou que os resultados das candidaturas independentes ficaram “muito aquém das expectativas”, devido à “demasiada partidarização da vida política”.

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