Por Odair Sene
O R.F. Verde Gaio, do Centro Cultural Português de Santos, esteve comemorando seus 54 anos de fundação, na verdade a data foi em junho, porém a entidade agendou a festa para novembro, o que acabou acontecendo no último dia 14 na sede social da Av. Ana Costa. Este foi o último evento de 2015. O Verde Gaio entra em férias devendo retornar em janeiro para os ensaios.
A diretora da casa responsável pelo folclore, Ana Maria Gonzalez, destacou a boa adesão do público que compareceu em bom número, a comida típica como caldo verde, bolinho de bacalhau, alheira, posta de bacalhau, etc; como a decoração do salão, modificada com velas nas mesas.
Já no palco a diferença abrasileirada no repertório do Marcos Vitor e da Vera Lúcia que, por quase três horas apresentaram muitas músicas brasileiras na maior parte. Teve ainda uma entrada nova para o grupo ensaiada especialmente para esta noite de aniversário. Entre as novidades teve também um bailarico diferente, novo, com muitos convidados participando, enfim, tivemos muitos atrativos na festa de aniversário. “Acho que nossos convidados merecem que nós sempre preparemos algo diferente para mostrar a eles”.
O Verde Gaio tem hoje 53 integrantes, com vários componentes inseridos desde muito pequenos, alguns até se afastaram mas não por muito tempo, como a Mariana que retornou com o Eduardo Alves (o Kabeça), a Regina, a Giovanna e o Luis (a família inteira) este foi um exemplo dado pela Ana Maria, mas no palco foram mostradas várias famílias inteiras, ou quase, que fazem na entidade a “família Verde Gaio”.
Armenio Mendes – O Cônsul Honorário, o empresário, o cidadão Armenio Mendes é antes de tudo um emigrante que gosta dessas festas folclóricas. E não só do Centro Cultural Português.
“Eu me recordo quando cheguei em Santos este prédio estava em construção. Eu conheci quem estava construindo e certa vez perguntei, porque tanta dedicação para uma obra que era para uso comum, e a resposta foi ‘porque sou português e não podemos deixar cair nossas tradições, e para mantermos vivas, temos que ter um lugar onde nossos patrícios possam se encontrar e ainda trazer os brasileiros para nossas festas’ e este é o motivo que eu tenho para frequentar as nossas festas e ainda tento motivar cada vez mais os brasileiros a virem”, disse ele em entrevista.
Como temos na baixada várias entidades e uma vida social luso brasileira muito intensa, o Cônsul sempre que pode comparece, mas destacou ao Mundo Lusíada que o grande problema das entidades, é que elas ficam competindo umas com as outras, quando na verdade e para o bem de todas, deveriam apoiar umas às outras para fortalecer a todas.
“Há uma semana reunimos todos os presidentes da baixada para conversar e evitar essas coisas. Criamos um calendário anual para não vermos mais essa competição porque isso incentiva as pessoas a frequentar apenas aquelas mais próximas. Então agora com a elaboração deste calendário certamente quero estar presente em todas”.
