Famalicão quer geminação com cidade angolana de Viana este ano

Mundo Lusíada
Com Lusa

angola_bandeiraA Câmara de Famalicão pretende avançar ainda este ano na geminação com o município de Viana, nos arredores de Luanda, considerado como o mais industrializado de Angola, para intensificar as relações econômicas e empresariais entre ambos.

Esta intenção foi transmitida à Lusa pelo presidente da autarquia portuguesa, Paulo Cunha, durante a visita de trabalho que está a promover à capital angolana e que, entre outros aspectos, visa preparar uma proposta de um protocolo de geminação com Viana (Angola).

“Cheguei à conclusão que há bastante afinidade, já há inclusive empresas famalicenses sediadas em Viana e estou certo que outras se podem sedear, desde que nós possamos aproximar os dois municípios”, explicou o autarca português, que na segunda-feira visitou o município de Luanda.

Paulo Cunha falava à margem do Luanda Investment Forum, evento promovido pela associação empresarial local, e que visa captar investimentos para os vários municípios da metrópole de 6,5 milhões de habitantes, nomeadamente do norte de Portugal.

O administrador municipal de Viana (Angola ainda não realizou eleições autárquicas), Manuel Mateus Caterça, confirmou o interesse neste protocolo, mas defendeu este que tipo de geminação devia servir para apoiar, reciprocamente, em processos burocráticos, de vistos em passaporte ou para ajudar a regularizar a instalação de empresas em cada um dos municípios.

“Podíamos pegar nesses acordos para facilitar a vida a esses cidadãos”, apontou Manuel Mateus Caterça, ao intervir no fórum, sobre o interesse empresarial nas geminações dos munícios angolanos.

Já o autarca português acrescentou que o objetivo passa por utilizar a futura geminação, juntamente com os aspectos culturais e históricos, para “ajudar empresas e empresários” de Famalicão e de Viana a “consolidar projetos”, mas também analisando “ganhos duplos” nesta relação ao nível das exportações entre os dois países.

Por exemplo, apontou, tendo em conta a produção de algodão em Angola e as necessidades de importação desta matéria-prima por parte das empresas que integram o “‘cluster’ têxtil” de Famalicão. “Há que perceber o que podemos levar daqui para Portugal e o que podemos trazer de Portugal para cá”, enfatizou o autarca de Famalicão.

Paulo Cunha reuniu-se também com os empresários do concelho instalados em Luanda, tendo sentido a “ansiedade” destes, fruto das dificuldades financeiras provocadas em Angola pela crise petrolífera.

“Mas vamos a partir deste momento começar a desenhar aquilo que será o conteúdo do protocolo de geminação. Sei que em dezembro se assinalam 50 anos da criação do município de Viana, podia ser uma ocasião simbólica e emblemática para a outorga do protocolo”, concluiu.

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