Mundo Lusíada
Com Lusa
Um gol de Madjer, logo aos três segundos, deu o mote à seleção portuguesa de futebol praia para a conquista do seu segundo título mundial, ao derrotar, em Espinho, o Taiti por 5-3.
O gol madrugador deu a Portugal a motivação necessária para assegurar o título, o segundo na sua história – foi campeão em 2001 – e primeiro desde que a FIFA passou a organizar a prova em 2005, ano em que Portugal foi ‘vice’, ao perder a final com a França.
O arranque do jogo não podia ter corrido melhor à seleção lusa, já que, no pontapé de saída, Madjer introduziu a bola na baliza contrária e conferiu uma maior tranquilidade à equipe portuguesa.
O Taiti não se intimidou e procurou responder de imediato, mas Portugal revelou-se muito organizado e concentrado na defesa, tendo aumentado a vantagem aos sete minutos por Belchior, fechando o primeiro período a vencer por 2-0.
Apesar da equipa lusa ainda ter chegado aos 3-0, com um tento de Coimbra aos 17 minutos, o segundo período marcou a recuperação da equipe da Oceânia, tendo o Taiti ainda recuperado para 3-2, depois dos tentos de Labaste (17) e de Li Fung Kuee (19).
Um gol de Bruno Novo perto do final do segundo período (21) recolocou a diferença em dois gols, mas o triunfo estava longe de estar garantido, já que Li Fung Kuee, a abrir o derradeiro parcial (25), voltou a reduzir, mantendo-se a diferença tangencial praticamente no restante do período, tendo Alan, a cerca de um minuto do fim, através de um ‘chapéu’, feito o 5-3 e desfeito quaisquer dúvidas quanto ao vencedor do encontro.
Este foi o segundo título mundial de Portugal nesta modalidade, mas apenas o primeiro desde que a FIFA começou a organizar os campeonatos do mundo em 2005.
O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, e o Presidente da República, Cavaco Silva, felicitaram a seleção portuguesa de futebol de praia, que se sagrou campeã mundial neste domingo, 19 de julho.
“Congratulo a seleção nacional de futebol de praia pelo título alcançado. Saúdo por isso os atletas e a equipe técnica, bem como a federação portuguesa de futebol. A qualidade e o empenho demonstrado por todos são motivo de destaque e realce, numa modalidade que ganha cada vez mais adeptos e importância no desporto”, pode ler-se na nota de Emídio Guerreiro.
O governante acrescentou: “Uma palavra final para os adeptos presentes pelo comportamento exemplar e para a Câmara Municipal de Espinho pela aposta na realização deste importante evento desportivo de escala mundial.”
Também o Presidente da República enviou uma mensagem de felicitações. “Ao tomar conhecimento de que Portugal se sagrou campeão mundial de futebol de praia, quero felicitar todos os atletas da seleção nacional, que, com alto nível desportivo, representaram o país nesta prova. Estão de parabéns pela excelente participação neste campeonato, que entusiasmou e orgulhou os adeptos da modalidade, mas também os portugueses em geral”, disse Cavaco Silva na sua mensagem.
O Presidente da República acrescentou: “Numa competição que demonstrou dispor Portugal de excepcionais condições para a realização destas provas de nível mundial, os jogadores da seleção de futebol de praia comprovaram a elevada qualidade da sua prestação nos torneios da modalidade.”
O selecionador português de futebol de praia admitiu sentir-se “como uma criança que recebe o primeiro brinquedo”, depois da conquista do título mundial, em Espinho. Mário Narciso sublinhou que “esta foi uma vitória de todos os portugueses” e enalteceu todo o apoio recebido ao longo da prova. “Foi fantástico o apoio do público e de toda a estrutura da organização. Não estou em mim de tanta satisfação”, afirmou o técnico.
Para Madjer, capitão da equipa de Portugal, este “é um troféu muito merecido”. “Este é o melhor momento da minha carreira pelo troféu coletivo. Só nós sabemos o que sofremos para conquistar isto. É muito merecido”, disse.