Programa de 300 mil euros vai apoiar crianças e jovens emigrantes na Europa

Da Redação
Com Lusa

O time de futebol de Portugal posa para foto com crianças de Opalenica no Centro de Treinamento Opalenica, Polônia, 23 JUnho 2012. MARIO CRUZ / LUSAO governo de Portugal vai disponibilizar 300 mil euros para um projeto-piloto de internacionalização do Programa Escolhas, que apoia crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e exclusão social, segundo o secretário de Estado, Pedro Lomba.

O secretário, que tutela o Alto Comissariado para as Migrações, entidade responsável pelo Escolhas, justificou esta expansão com as “necessidades de inclusão social nas nossas comunidades”.

“Somos um país que hoje é também um país de emigração, e temos questões sociais às quais temos de atender”, admitiu Lomba, em declarações à agência Lusa.

O programa identificou como áreas prioritárias o apoio à educação e à aprendizagem, a integração digital, o fomento ao empreendedorismo, a aquisição de competências profissionais e sociais. Os projetos são realizados por entidades locais, que apresentam as suas propostas para uma duração de três anos.

Reino Unido, Suíça e França foram os países escolhidos para replicar o programa, que funciona desde 2001 em território português. O Centro comunitário de Apoio à Comunidade Lusófona em Londres foi escolhido para parceiro no Reino Unido, com o objetivo de oferecer atividades para crianças e jovens dos seis aos 18 anos.

A proposta está atualmente na fase de diagnóstico, devendo ser apresentada em outubro para começar a funcionar em janeiro de 2016, segundo os responsáveis do Centro.

Também o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, reconheceu que as vagas recentes de emigração portuguesa para países europeus criaram dificuldades de integração, sobretudo de jovens e crianças portuguesas.

“São problemáticas sociais muito específicas, problemas que não são completamente novos, mas que, no contexto da Europa, não têm melhorado”, disse à Lusa.

Cesário rejeitou a existência de uma vaga de situações de marginalidade ou desinserção social, mas assumiu que “ciclicamente, vamos tendo notícias de casos preocupantes”.

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