Mundo Lusíada Com Lusa
O secretário português de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, admitiu em 26 de novembro, que Portugal não tem condições de organizar uma competição com o porte dos Jogos Olímpicos. "Cada vez se vai percebendo que a organização dos Jogos Olímpicos tem ficado a cargo de grandes metrópoles e grandes países. Não vejo sinceramente, por isso, que Portugal, nas condições esportivas, econômicas e sociais que dispõe, dada a dimensão de Jogos Olímpicos, com grandes exigências financeiras, desportivas e de investimento, possa fazê-lo", disse Dias. O ministro disse que o esporte em Portugal não deve perseguir "ilusões" e afirmou porém, à Agência Lusa, que "adoraria" ter a capacidade de organizar uma competição como esta. "Essa questão não está em discussão. Mas, de forma muito simples, quero dizer que não há país no mundo que não gostasse de organizar Jogos Olímpicos", ressaltou. O presidente do Comitê Olímpico de Portugal (COP), Vicente Moura, apesar de defender a realização da competição no país, disse que entende a posição do governo português. "Naturalmente que os governos e os políticos percebem a grande dificuldade de organizar os Jogos e, se calhar, a opinião pública nem aceitaria bem falarmos dessa possibilidade, sabendo os custos inerentes. Mas, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Moura pediu ainda um estudo sobre o assunto e sugeriu que o COP encabece a pesquisa. "Temos de fazer um estudo para perceber se há hipóteses. E depois fazer um projeto de candidatura, que custa alguns milhões de euros. O mais difícil é mesmo ganhar a candidatura". O presidente do COI, por sua vez, afirmou que Portugal precisa de "enorme união" em todos os setores sociais para sonhar em organizar a competição. Ele lembrou que Portugal tem capacidade organizativa e citou como exemplo a Expo 98 e o Campeonato Europeu de 2004, mas reconheceu que os Jogos Olímpicos têm uma dimensão "muito grande".
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