Mundo Lusíada
Com Lusa
O capitão da seleção portuguesa de futebol, Cristiano Ronaldo, descerrou uma estátua, em sua homenagem, no Funchal, na ilha da Madeira, a sua terra natal em 21 de dezembro.
“Para mim, este é um momento especial, ter uma estátua ainda vivo em meu nome”, disse o futebolista do Real Madrid antes de destapar a estátua que o imortaliza na cidade que o viu nascer em 1985, acrescentando “não ser apologista de que se façam homenagens quando as pessoas morrem”.
Cristiano Ronaldo salientou que esta homenagem lhe vai dar “mais motivação para continuar a fazer a [sua] caminhada” e “engrandecer o nome da Madeira”.
Nesta cerimônia, que começou pelas 12:00, estiveram os familiares de Cristiano Ronaldo, incluindo o filho, a mãe e os irmãos, além várias autoridades da Madeira civis e militares da região, como o representante da República, Ireneu Barreto, e os presidentes da Assembleia Legislativa da Madeira e do governo regional, Miguel Mendonça e Alberto João Jardim, respectivamente.
Uma multidão, residentes e estrangeiros, aglomerou-se nos vários espaços da avenida do Funchal, à beira mar, num dia com muito sol, para ver o craque nascido na Madeira que chegou ao local de carro, registrando o momento com máquinas fotográficas e telemóveis.
Esculpida em bronze, com 3,40 metros de altura e 800 quilos, a estátua foi executada em 10 dias, no atelier do escultor madeirense Ricardo Veloza, em Vila Nova de Gaia, e ficará na Praça do Mar, perto do porto de cruzeiros da cidade, que é a porta de entrada na ilha para milhares de turistas, na zona para onde se perspectiva que será transferido o museu do jogador.
Antes, na Assembleia Legislativa da Madeira, Ronaldo recebeu a Medalha de Mérito, a mais alta condecoração da Região, numa cerimônia que contou também com a presença das mas altas entidades da região
A estátua representa Ronaldo “numa posição muito característica do jogador, quando marca livres e fica, com os braços abertos, a olhar para a bola e para a baliza, foi precisamente nessa posição que fiz a estátua”, explicou Ricardo Veloza.
Medalha de Mérito
Cristiano Ronaldo recebeu a medalha de Mérito da Região Autônoma da Madeira (RAM), um momento que o futebolista do Real Madrid, eleito melhor do mundo em 2013, viu como um privilégio.
“Estou muito feliz, é algo que para mim diz muito, para a minha família e para as pessoas que gostam de mim. E é um privilégio enorme ser condecorado com esta medalha. O discurso não é o meu forte, sou melhor a jogar futebol. (…) Guardarei este momento num canto especial da minha vida”, disse o internacional português.
Natural da freguesia de Santo António, concelho do Funchal, Cristiano Ronaldo salientou também a importância de estar na sua terra natal: “É um orgulho estar novamente, aqui, na Madeira onde fui criado, onde tenho as minhas raízes e onde tenho a minha família”, disse.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou que Cristiano Ronaldo “representa a vontade que os madeirenses sempre demonstraram durante séculos, apesar de viverem numa ilha isolada e sob exploração exterior”.
Num breve discurso antes de o jogador ter descerrado a sua própria estátua, Jardim disse que o futebolista do Real Madrid é também “um hino ao trabalho, porque percebeu que era através da disciplina pessoal que conseguiria obter o sucesso”.
O governante madeirense agradeceu a Ronaldo “por tudo o que tem feito para que os madeirenses se sintam orgulhosos e honrados”. “Para onde quer que viaje e diga que sou da Madeira, respondem-me sempre que sou da terra do Cristiano Ronaldo”, concluiu o líder do Executivo madeirense.
O internacional português conquistou na noite de sábado mais um título coletivo, pelo Real Madrid, ao sagrar-se campeão mundial de clubes, um troféu que já tinha ganhado, em 2008, ao serviço dos ingleses do Manchester United.
O jogador chegou esta madrugada à Madeira, em jato privado, acompanhado do seu empresário, Jorge Mendes, depois da vitória na final do Mundial de clubes, em Marrocos, sobre os argentinos do San Lorenzo, por 2-0.