Da Redação
A vida de Eça de Queiroz é o novo título das clássicas biografias escritas por Luís Viana Filho que a Editora Unesp lança em parceria com a Edufba comemorando os cem anos de nascimento do professor, jornalista, político e ensaísta baiano. Homem de múltiplas atividades, Viana Filho colaborou até o fim da vida em diversos órgãos da imprensa e ganhou renome produzindo detalhados relatos sobre a vida e a obra de José de Alencar, Barão do Rio Branco, Eça de Queirós e Anísio Teixeira, livros agora relançados. Embora existam dezenas de biografias publicadas sobre Eça de Queirós, a obra de Luis Viana Filho é única ao utilizar um amplo trabalho de investigação que incluiu a pesquisa de fontes primarias e a busca por documentos em arquivos portugueses como a Biblioteca Nacional de Lisboa. O autor reconstrói a trajetória da vida e da obra do literato português e conclui que o antigo crítico iconoclasta da cultura portuguesa converteu-se num cúmplice da alma lusitana. Algumas particularidades, entre elas o hábito de escrever cartas, ampliaram as informações a respeito do português. Atravessando algumas dificuldades financeiras, Eça de Queiroz almejava a fama de suas obras e conseqüentemente o ganho financeiro. Por isso, chegou a levantar a possibilidade de incluir dois capítulos de escândalo no romance o Crime do Padre Amaro com o propósito de aumentar as vendas do livro. A vida de Eça de Queiroz apresenta traços relevantes sobre o escritor, como por exemplo, o seu vínculo familiar, de amizades e profissional com o mundo brasileiro. Eça escreveu para o jornal carioca Gazeta de Notícias e cultivou grandes amizades com nomes como Eduardo Prado, Osvaldo Bilac e Joaquim Nabuco. No campo familiar, seu pai nascera no Brasil e, quando criança, Eça conviveu diretamente com empregados brasileiros levados do Rio de Janeiro pelo seu avô. Esses fatos comprovam o carinho do personagem com o Brasil. Luís Viana Filho foi professor de Direito Internacional Público, de Direito Internacional Privado e História do Brasil em universidades de direito da Bahia. Foi deputado federal pela Bahia, além de ter participado da Constituinte de 1946. Exerceu a função de ministro para Assuntos da Casa Civil do governo de Camilo Castelo Branco, tendo acumulado por algum tempo o cargo de ministro da Justiça. Foi também senador e governador da Bahia. Homem de múltiplas atividades, colaborou até o fim da vida em órgãos da imprensa nacional. No ano de 1954, ingressou na Academia Brasileira de Letras. No âmbito da relação luso-brasileira na literatura, a Editora Unesp também lançou recentemente “Ficção e convicção: Jorge Amado e o neo-realismo literário português”, de Edvaldo Bergamo. O autor analisa como Jorge Amado, já nos anos 30, contribui para inspirar a literatura engajada dos romances neo-realistas portugueses, produzidos uma década mais tarde. A intenção é apresentar a verossimilhança estética e ideológica entre as narrativas amadianas e as inaugurais do movimento lusitano. Para Bergamo, a literatura de denúncia social de Jorge Amado contribuiu para a “redescoberta do Brasil” por um Portugal que passava por questionamentos de afirmação e concretização de valores. Os romances escritos neste contexto resultaram em retratos da vida social e individual cotidiana e servem como instrumentos de análise histórica da sociedade. “A vida de Eça de Queiroz” De Luís Viana Filho Editora da Unesp Formato: 16 x 23 cm Preço: R$ 50
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