Previsões apontam para crescimento das remessas dos emigrantes, diz José Cesário

Mundo Lusíada
Com Lusa

O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Jose Cesário, nas dependências do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro. Foto Igor Lopes/Mundo Lusíada
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Jose Cesário, nas dependências do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro. Foto Igor Lopes/Mundo Lusíada

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, considerou que este ano deve ocorrer um aumento das remessas financeiras dos emigrantes, acompanhando a tendência do ano passado.

“Em 2012, só a nível de remessas financeiras, tivemos o valor mais alto da década: 2.749 milhões de euros. Este ano, pelas indicações que temos, volta a haver um crescimento”, declarou o governante à agência Lusa, em Vilar Formoso.

José Cesário esteve em 30 de julho na principal fronteira terrestre portuguesa, onde participou numa campanha de sensibilização rodoviária dos emigrantes que entram em Portugal, promovida pela associação de jovens lusodescendentes Cap Magellan.

O secretário de Estado sublinhou que, “mais importante” do que o dinheiro enviado pelos emigrantes, é o papel de divulgação de Portugal nos países de acolhimento. “Mais importante do que isso é a transmissão da imagem de Portugal e a atração de pessoas, porque, a esse nível, esse cálculo nunca foi feito”, referiu.

Apontou que esse papel é “um contributo impressionante para o desenvolvimento do país, particularmente na área do turismo e de todos os setores econômicos que lhe estão conexos”.

José Cesário disse ainda à Lusa que, no contexto da atual crise nacional, o Governo nunca aconselhou “ninguém a sair do país”. “Constatamos a inevitabilidade da emigração para muitos porque, infelizmente, a situação é muito delicada e temos plena consciência que houve muitos empregos que desapareceram nestes últimos anos”, justificou.

O governante declarou que o objetivo do Governo é “desenvolver o país de maneira a que, tanto quanto possível, só saiam aqueles que efetivamente querem sair, porque há pessoas que saem por vontade própria”.

“Mesmo nos anos em que tivemos mais desenvolvimento, houve pessoas a sair, porque são pessoas que querem adquirir novas capacidades, novos conhecimentos, novas experiências”, observou.

Assegurou que o objetivo é que, no futuro, “só saiam esses, que ninguém saia [do país] por necessidade”. “Temos sinais que as coisas poderão melhorar, esperamos muito sinceramente que melhorem”, declarou.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse ainda acreditar “muito em Portugal” e ter “muita esperança no futuro do país” para que, futuramente, “ninguém precise de sair, por precisar”.

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