Da Redação
Com Lusa
O presidente da Turismo do Alentejo incentivou os agentes do setor turístico a aplicarem no terreno os resultados do estudo sobre o perfil do turista que procura a região, para poderem ser competitivos.
“Este estudo vem, do ponto de vista técnico, ajudar a trabalhar e é preciso que seja aplicado no terreno pelas unidades hoteleiras e pelos agentes de animação e de restauração da região”, disse António Ceia da Silva.
O responsável pela Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo falava aos jornalistas à margem da apresentação do relatório do Estudo de Caracterização do Perfil do Visitante e Turista do Alentejo relativo ao ano de 2012, em 22 de abril.
A sessão, realizada numa unidade hoteleira de Évora, perante agentes do setor na região, incluiu ainda uma exposição comparativa entre os dados recolhidos nos inquéritos efetuados em 2012 e 2011.
A caracterização do perfil do turista da região enquadra-se no projeto do Observatório do Turismo do Alentejo, criado em 2011 pela ERT do Alentejo.
Segundo Ceia da Silva, antes de serem adotadas políticas estratégicas para o setor turístico na região ou das próprias unidades “reformularem a sua forma de trabalhar”, há que “ter em atenção este estudo, que é fundamental”.
“Sem sabermos quem nos visita e porque nos visita não melhoramos”, alertou. Como exemplo, Ceia da Silva aludiu às famílias que visitam o Alentejo, as quais representam “uma grande porcentagem” da procura turística.
“Se têm crianças, as unidades têm que se preparar para ter salas, espaços e animação ligados às crianças”, avisou, argumentando que, “se não o fizerem, não estão a ser competitivas perante o tipo de mercado que recebem”.
O presidente da ERT assumiu que o Observatório do Turismo, o qual “não tem custos”, é um projeto para continuar e, englobando os dados deste estudo, vai ser a base de trabalho para elaborar o plano estratégico para o setor relativo ao período 2014-2020.
O coordenador do Estudo de Caracterização do Perfil do Visitante e Turista do Alentejo, José Santos Silva, defendeu que a região “tem que ter toda a sua atenção e estratégia viradas para servir bem e satisfazer a sua procura”.
E o estudo mostra que a região “agrada a quem a visita”, sendo “fundamental” que “o Alentejo continue a trabalhar” e a tirar “partido dos recursos primários que tem” para “conseguir manter este bom nível junto da procura interna e externa”, sublinhou.
“Quando olhamos para os dados, verificamos que os visitantes e os turistas, quando chegam, vêm com expetativas moderadas e, na maior parte dos casos, saem plenamente satisfeitos e com vontade de regressar e de recomendar o Alentejo a terceiros”, destacou.
O estudo foi, por isso, segundo José Santos Silva, “muito importante”, já que permitiu mostrar “que há uma procura que está bem definida” e, ao mesmo tempo, “vai permitir no futuro orientar ainda melhor todas as estratégias para a região conseguir progressivamente reforçar a sua importância” turística.