O Nordeste brasileiro tem, pelo menos, seis Estados sofrendo com a seca. Por isso, cerca de 10 milhões de pessoas experimentam mais uma vez o repetitivo drama. O índice de chuva abaixo da média nesses estados era de 75% entre fevereiro e março. Para muitos é a maior seca em 50 anos. Segundo os meteorologistas, a estiagem é um fenômeno complexo de causas até distantes do próprio local atingido, isto é, são correntes aéreas que cruzam o Oceano Pacífico, mais temperaturas das águas do Atlântico, influenciadas pelo Pólo Norte que, em conjunto, causam o transtorno. Variações entre 0,5 e 1º de decidem isso. Então, se estes fatores não resultarem em chuva até 19 de março, dia de São José, os moradores já sabem que vai doer. E a asa branca vai bater asas do sertão. Como acontece agora.
Ao iniciar o mês de abril, a presidente Dilma anunciou um pacote de R$ 9 bilhões em recursos para combate à seca, que vão se somar a outros R$ 7,6 bilhões já investidos no semiárido desde 2012, também como forma de diminuir os impactos da atual estiagem. Uma linha de crédito emergencial para beneficiar agricultores e comerciantes foi disponibilizada na ordem de R$ 2 bi, assim como o Bolsa Estiagem, no valor de R$ 80,00 para 881 mil famílias de pequenos agricultores, entre outras ações. É interessante lembrar que em novembro passado, o governo federal lançou um programa, “Mais Irrigação”, afirmando-se que ‘nós vamos derrotar a seca usando a tecnologia’. Valoriza a agricultura familiar, procurando criar cadeia produtiva sustentável, garantindo assistência técnica, gerando mercado e preço compensador. Boas intenções. Mas, com a sensação de permanente demora.
Pesquisa em conjunto da USP com a Secretaria da Agricultura de Pernambuco revela que 17% das propriedades rurais do sertão e do agreste nordestinos fecharam as porteiras por causa da seca e 50% dependem de carro-pipa para conseguir água. Em Pernambuco, por exemplo, o rebanho bovino foi reduzido a quase a metade: de 2,1 milhões de cabeças de gado, 200 mil morreram, 300 mil foram transferidas para outras regiões e 500 mil foram abatidas precocemente. Um enorme desperdício de recursos em meio ao rotineiro sofrimento daquela gente. Aliás, sem registros até aqui de saques. Em duas palavras para sintetizar a coisa: vergonha nacional.
Apenas para refletir: o Estado de Israel foi criado após a II Guerra no meio do deserto da Palestina. O índice médio de chuva ali é de 600 mm/ano e sua região sul, no deserto de Negev, não chega a 30 mm/ano. Desde a década de 1950, a média da produção leiteira local subiu de 3.900 para 11 mil litros/vaca/ano. E expande tecnologia agrícola. No Polígono das Secas no Nordeste, o índice médio de chuva varia entre 400 e 700 mm/ ano. Sete vezes mais que na Califórnia, rica área agrícola dos EUA. Temos, assim, mais umidade que os outros dois locais. E conforme longos estudos do geólogo João Alberto Bottura, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas paulista, seção de Águas Subterrâneas, que inclusive já fez trabalhos na área do Saara, só o Piauí abriga um volume de águas subterrâneas quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas os projetos para aproveitá-las estão engavetados. No sudoeste do Piauí, no vale do Rio Gurguéia, o poço Violeta é o poço de maior vazão da América Latina, com um jorro de 800 000 litros por hora, à temperatura de 60° e altura de 27 metros!
Seca no Nordeste não é fatalismo. Soluções existem, portanto, desde o século passado. Resta saber quando os beneficiados com a ‘indústria da seca’ irão largar a imoral mamata em benefício da comunidade.
Prof. José de Almeida Amaral Júnior
Professor universitário em Ciências Sociais; Economista, pós-graduado em Sociologia e mestre em Políticas de Educação; Colunista do Jornal Mundo Lusíada On Line, do Jornal Cantareira e da Rádio 9 de Julho AM 1600 Khz de São Paulo.
12 comentários em “Seca no Nordeste: entre o problema climático e o abuso político”
Enquanto se discute as soluções para seca seca a Prefeita de Jeremoabo ignora problemas de seca e miséria da população e adquire para o deleite de seu gabinete um veículo Amarok cabine dupla cujo custo não deverá ter sido inferior a R$ 130.000,00 e mais outros 16 veículos .
Talvez a palavra mais correta que nesse momento poderemos dizer é indignação, pois a prefeita de Jeremoabo está perdida no tempo e no espaço, ou então perdeu o senso de responsabilidade.
A Bahia enfrenta a pior seca dos últimos 40 ou mesmo 80 anos. São 163 cidades em situação de emergência, quase metade dos municípios baianos.
Muitos prefeitos no início desse ano se deslocaram a Brasília com pires na mão alegando que iriam fechar as portas das prefeituras por falta de rescursos, inclusive numa dessas excussão estava presente a prefeita milagreira de Jeremoabo.
Em tão curto espaço de tempo o milagre aconteceu em Jeremoabo, a prefeita milagreira “anabel”, eliminou a fome e sede da população, do rebanho bovino e caprino, adquirindo 17 carros e doando 45 toneladas de sucos de laranja .
Se a situação não fosse humilhante, degradante de extrema gravidade, eu diria que era hilariante.
ola.. até quando nos brasileiros, vamos ter q sofrer com esta situação, de ver o nosso povo do sertão, os nossos animais do campo morrer a mingua, sem a agua do rio q seca, sem a agua da chuva que não cai, sem a planta que não nasce, sem o emprego que não tem, até porque a unica coisa que estes irmãos saber fazer é plantar para nós da cidade não passar fome,
Até quando,,, até vamos ter que conviver com governantes que não governam nada, até quando vamos conviver com juizes que nada enxergam, em prol de poderes e jogadas politicas, enquanto uma mafia domina o pais, outra domina o futebol, a saude no pais esta um caos, assim como a segurança, a nossa propria policia ninguem mais confia, vivemos totalmente em um pais sem lei, onde quem manda é quem pode mais, se sou pequeno sou condenado, se sou grandão sou inocente, a cada dia somos iludidos com planos que nunca favoreceram os mais necessitados. com aumento de salarios que nunca existiram. porque tudo ja haviam subido de preço. tudo é apenas uma mera ilusão.
Que pais é este, que nos da uma liberdade muito limitada, nos da um direito de greve até um juiz dar um canetaço e decreta-la ilegal em prol dos tubarões, que pais é este que não educa seu povo, que pais é este que não apoia nossos grandes talentos,, e tudo isto serve de alimento para os corvos da midia televisiva e radiofusão, porque se não tiver, massacre seja ela praticada pelo proprio ser humano ou pela natureza, não serve para eles, não da audiencia, não enche suas contas bancarias. DEUS ABENÇOE A TODOS VOCES POVO DO SERTÃO, PORQUE ESTE É O PAIS QUE NOS VIVEMOS, E AINDA TEMOS QUE DIZER, ” EU AMO MEU PAIS” AINDA TEMOS QUE JURAR UMA BANDEIRA, E NUNCA SABEREMOS PORQUE. EU AMO ESTE POVO DO SERTÃO.
O Nordeste brasileiro tem, pelo menos, seis Estados sofrendo com a seca. Por isso, cerca de 10 milhões de pessoas experimentam mais uma vez o repetitivo drama. O índice de chuva abaixo da média nesses estados era de 75% entre fevereiro e março. Para muitos é a maior seca em 50 anos. Segundo os meteorologistas, a estiagem é um fenômeno complexo de causas até distantes do próprio local atingido, isto é, são correntes aéreas que cruzam o Oceano Pacífico, mais temperaturas das águas do Atlântico, influenciadas pelo Pólo Norte que, em conjunto, causam o transtorno. Variações entre 0,5 e 1º de decidem isso. Então, se estes fatores não resultarem em chuva até 19 de março, dia de São José, os moradores já sabem que vai doer. E a asa branca vai bater asas do sertão. Como acontece agora. copiei so isso obrigada
Deviam colocar fontes + interessantes eu to fazendo um trabalho só q essas fontes ñ são mt úteis
Tem que construir um Açude, igual àquele distante 160 km de Fortaleza, no Ceará: o Açude do Cedro, construído na época de Dom Pedro ll, transposição do Rio são Francisco, construção de Açudes, lagos artificiais, represas e carros pipas. Nisso, a presidenta Dilma tinha aque investir!
Tem que construir um Açude, igual àquele distante 160 km de Fortaleza, no Ceará: o Açude do Cedro, construído na época de Dom Pedro ll, transposição do Rio São Francisco, construção de Açudes, lagos artificiais, represas e investimento em carros pipas. Nisso, a presidenta Dilma tinha aque investir! Tinha que mandar o Exército e a Aeronáutica para levar alimentos para as famílias atingidas pela seca. O governo tinha que investir nisso!
Ações para diminuir o impacto da seca
– Construções de cisternas, açudes e barragens;
– Investimentos em infra-estrutura na região;
– Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);
– Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;
– Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação.
Transposição do rio São Francisco
A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região.
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa lelek lek lek lek lek lek lek
deixa de ser leso se nn se enporta nn fik colocando perguntas lesas ta
Só se chover em o Nome de Jesus Cristo para encher os reservatórios da Cantareira em o Nome do Senhor Jesus Cristo!
nao sei
Águas do Rio São Francisco já correm pelos canais do projeto da Transposição.