Ramos Horta chefiará escritório político da ONU na Guiné-Bissau

Nomeação do ex-presidente do Timor-Leste foi anunciada no fim de semana; país africano, de língua portuguesa, sofreu golpe de Estado em abril passado e tem governo de transição.

 

Por Mônica Villela Grayley
Rádio ONU em Nova York

José Ramos Horta e Ban Ki-moon. Foto: UN Photo/Eskinder Debebe

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, para dirigir o Escritório Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis.

O país de língua portuguesa, no oeste da África, vive um impasse político desde abril passado, quando um golpe de Estado tirou do poder o presidente interino e o primeiro-ministro.

Experiência Política

Ramos Horta, que deixou a presidência do Timor-Leste em 2011 levará ao cargo na Guiné mais de três décadas de experiência política e de mediação. Ele foi ainda um dos heróis da restauração da independência do Timor-Leste após mais de duas décadas de dominação da vizinha Indonésia.

Em nota, o Secretário-Geral informou que Ramos Horta vai substituir Joseph Mutaboba, de Ruanda, que ficou no cargo nos últimos quatro anos.

O novo representante de Ban Ki-moon na Guiné-Bissau foi ministro das Relações Exteriores do Timor-Leste até 2006 e primeiro-ministro de 2006 e 2007. Nos anos 70, Ramos Horta trabalhou com jornalista.

Ele é mestre em Estudos da Paz e está fazendo um doutorado em Portugal. E deve assumir o posto em 31 de janeiro.

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