Agentes culturais de Coimbra preparam manifesto para exigir 1% para a cultura

A ação deverá ter lugar no final de setembro ou início de outubro, “provavelmente no sábado, dia 29 de setembro” em Portugal.

Da Redação
Com Lusa

Torre de Almedina, Coimbra, Portugal. Foto: Turismo de Coimbra

Diversos agentes culturais de Coimbra, em Portugal, estão prepararando uma ação de sensibilização da população, no âmbito do Manifesto em Defesa da Cultura, exigindo “1% [do Orçamento de Estado]” para o setor.

Subscrito por personalidades de diversos pontos do país ligadas à área cultural, o manifesto, apresentado em dezembro de 2011, considera que “as políticas de agressão à Cultura, seguidas pelos últimos governos criaram um situação insustentável” para o setor.

É “tempo de protesto e recusa”, sublinham os subscritores do documento, que apelam à mobilização de “toda a inteligência, de toda a liberdade, de toda a cólera contra uma política que chama ‘austeridade’ à imposição de um brutal retrocesso histórico em todas as áreas da vida social”.

Reunidos na noite de 18 de julho, em Coimbra, nas instalações da companhia de teatro Bonifrates, os agentes culturais ligados a diversas instituições da cidade programam uma ação de divulgação do manifesto e de sensibilização da população para esta causa, na expetativa de envolver todos os interessados neste combate.

A ação deverá ter lugar no “final de setembro ou início de outubro” próximos, “provavelmente no sábado, dia 29 de setembro” e com contornos que ainda estão sendo estudados e será coordenada por uma comissão de dez pessoas, disse, à agência Lusa Alfredo Campos, do Ateneu de Coimbra, um dos participantes no encontro.

Os promotores da iniciativa pretendem, segundo este responsável, promover em diversos espaços da cidade – desde esplanadas a meios de transportes públicos (se para isso obtiverem a respetiva autorização) –, ações como performances, música ou visitas guiadas.

O dia deverá terminar com uma festa, à noite, envolvendo todos os participantes e apoiantes da iniciativa, adiantou Alfredo Campos.

Os promotores da campanha em Coimbra querem integrar e articular a sua ação com idênticas iniciativas que se deverão realizar noutros locais do país – como está previsto venha a suceder –, de modo a que “este dia seja um dia nacional”, acrescentou aquele responsável.

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