Unesco: Fortificações de Elvas passa a Patrimônio Mundial

Mundo Lusíada
Com agencias

Vista do Aqueduto da Amoreira, ex-libris da cidade incluido na maior fortificação abaluartada do mundo, que foi hoje classificada como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Elvas, 30 de junho de 2012. FOTO NUNO VEIGA/LUSA

A maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, foi classificada como Patrimônio Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, transformou, no sábado dia 30 de junho, as Fortificações de Elvas, em Portugal, como Patrimônio Mundial. A decisão foi anunciada na reunião da Unesco que ocorreu na cidade de São Petersburgo, na Rússia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, saudou a classificação e elogiou o “trabalho diplomático de alta qualidade” do Estado português. “Elvas triunfou com um forte consenso e ultrapassando dúvidas do comitê de patrimônio da UNESCO. Isso significa que Portugal fez um trabalho diplomático de alta qualidade, demonstrando, país a país, voto a voto, os méritos da candidatura”, afirma Paulo Portas, numa declaração à agência Lusa.

O presidente da Comissão Nacional da UNESCO, António Almeida Ribeiro, afirmou que a classificação das fortificações de Elvas é um sucesso para Portugal e reflete o respeito nacional pelos monumentos. António Almeida Ribeiro realçou que Portugal passa a ter 14 bens classificados como Patrimônio Mundial, “um número muito significativo” dada a dimensão do país, o que sublinha a importância e valorização atribuída a esse mesmo edificado.

“No caso de Elvas é um processo que tem, apesar de tudo, pouco tempo de apresentação, o que revela ainda mais a importância que tem em termos de Património Mundial”, afirmou o embaixador, lembrando que são várias as propostas apresentadas à UNESCO que têm passado diversos anos em discussão.


Portugal e Espanha

O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de 8 a 10km e uma área de 300 hectares.
Segundo a agência da ONU, Elvas contêm dados arqueológicos do século 10. Mas a fortificação do sítio ocorreu somente a partir de 1640, quando Portugal se separou da Espanha, após 80 anos de união.

As fortificações de Elvas incluem casernas e outras instalações militares, além de igrejas e mosteiros. O trabalho de fortalecimento do local foi feito entre os séculos 17 e 19.
A Unesco informou que as fortificações foram obra do jesuíta holandês, João Piscário, e que elas representam “o melhor exemplo vivo da escola de forticações holandesas.”
Vários outros sítios também passaram a Patrimônio Mundial, neste sábado, incluindo a “Mesquita da Sexta-Feira”, de Isfahã, no Irã, e a Indústria da Pérola Tradicional, do Barein.

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