A conquista do território português e a fantástica batalha de Ourique em 1139

Centenas de séculos se passaram, povos os mais variados, guerras e mais guerras, lutas e mais lutas e tudo foi formando-se em eras distintas até chegar ao maravilhoso território português, portanto, temos que louvar para a eternidade aqueles heróis que lutando bravamente numa era muito difícil, nos deixaram essa formação maravilhosa,
que é o território do nosso querido e eterno Portugal.

O grandioso D. Afonso Henriques, quando da sua posse no recente reino de Portugal, uma vez que ainda estávamos saindo da Lusitânia, o território do então novo país chegava nas cercanias de Coimbra e Leiria, sendo que as planícies da Beira Baixa
e da Serra de Lousã era uma região praticamente neutra, nem era dominada pelos cristãos, nem pelos mouros, eram só locais de guerrilhas.

As batalhas prosseguiram até as regiões de Lisboa e Santarém quando foram conquistadas e imediatamente as ordas lusitanas dominaram as regiões de Sintra, Palmela e Almada e as batalhas prosseguiram até o sul, já em 1249 com a conquista de Faro, mas não houve uma parada, porque os mouros eram terríveis guerreiros e novamente conseguiram chegar até as beiras do Rio Tejo.

Não vamos dizer de exércitos portugueses, mesmo porque na realidade não eram exércitos formados e sim agrupamentos cristãos em luta contra os islâmicos mouros, então com a finalidade de tentarem conter as invasões mouras, solicitavam a ajuda de tropas vindas do norte da Europa e que a caminho da Palestina, tinham que usar os portos portugueses e eles eram os famosos “cruzados” que lutavam contra os infiéis da Espanha e estavam rumando para libertar o “Santo Sepulcro”. E o prêmio que essas tropas recebiam era o saque das cidades que estavam sob o domínio mouro.

Todos esses guerreiros lusitanos naqueles tempos usavam as surpresas, e atacavam os mouros com grupos pequenos e sempre à noite. Se tem hoje a crença de que foram eles que criaram esse tipo de guerrilha e eram incentivados pelo Rei D. Afonso Henriques. O avanço para o sul prosseguiu no começo do século XIII, aos poucos foram desagregando as milícias mouras e a marcha começou a enveredar para o sul de Portugal, Elvas, Moura, Mértola, Alamonte, etc… isso já num período de 1232 até 1240, onde começou a conquista do Algarve e toda sua região já no ano de 1250.

Nesse ínterim surgiu um grave problema com Castela (Espanha), porque eles achavam-se no direito de que o Algarve era propriedade deles, mas, o pior disso tudo é que D. Sanches II deu-lhes razão, porque era uma troca ao apoio de Castela na guerra contra os mouros, no entanto, o Rei D.Afonso Henriques disse aos mouros que o Algarve era português por direito de conquista na guerra e assim aconteceu e o Rei de Castela fez valer os seus direitos, onde começou-se a fazer uma guerra entre as partes, mas, que ao fim foi feito um acordo e fixaram- se as fronteiras dos dois países no Guadiana.

Nessa multiplicação de guerras e guerrilhas chegamos na famosa “Batalha de Ourique”, acontecida em 25 de Julho de 1139, talvez a mais célebre de todas contra os mouros, uma vez que nessas incursões das guerrilhas, nas quais os lusitanos invadiam territórios mouros e subtraiam animais e alimentos, os mouros reagiram e atacaram com seus exércitos esses aglomerados de guerreiros. Mas, valentes conseguiram derrotar as ordas
mouras e consagraram para a eternidadea “Batalha de Ourique”,que situava-se no Baixo Alentejo.

Esses são exemplos das vitórias dos guerreiros cristãos portugueses contra os mouros, além de que, os mouros eram um povo invasor e certamente repelidos pelo nobre sangue português, mas, também pelas recordações de grandiosas batalhas acontecidas no decorrer de muitos séculos, da era dos romanos, do tempo dos Celtas e outras raças
que invadiram a Lusitânia e foram ficando entronizadas no seio do inconsciente português, que após séculos começou a aflorar nas gerações mais recentes, e eles recordando-se das batalhas acontecidas em eras anteriores com todos esses invasores.

Nós portugueses e luso-descendentes temos que louvar eternamente esse povo maravilhoso de eras distantes e distintas, mesmo porque se não tivessem salvado e criado Portugal, provavelmente o Brasil não existiria e hoje todas aquelas regiões seriam condados mouros ou de outros povos, portanto, louros a esse nosso querido e eterno PORTUGAL.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa, Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes/Ceará, Associação Portuguesa de Escritores/Lisboa, e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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