Oposição na Guiné Bissau faz marcha “contra” decisão do Supremo Tribunal

Da Redação
Com África 21

 

A “Oposição Democrática da Guiné-Bissau”, um coletivo de 15 partidos da oposição, fez em 1 de fevereiro uma marcha de protesto até ao Supremo Tribunal de Justiça, afirmando que não se responsabiliza “por tudo o que poderá acontecer”, de acordo com a Inforpress.

A marcha, segundo um comunicado assinado por Serifo Baldé, coordenador da informação e comunicação da “Oposição Democrática”, visa protestar pela candidatura de Carlos Gomes Júnior (primeiro-ministro e líder do PAIGC, maior partido), pelo não recenseamento dos jovens que ganharam capacidade eleitoral, e pela “forma fraudulenta como está a ser efetuada a atualização dos cadernos eleitorais”.

A Guiné-Bissau tem eleições presidenciais marcadas para dia 18 de março, na sequência da morte, em 09 de janeiro, do Presidente Malam Bacai Sanhá. Todos os partidos na altura se manifestaram a favor da marcação das eleições no prazo legal: dentro de 60 dias após a morte do anterior Presidente.

Segundo os partidos do “Coletivo”, o processo conducente às eleições presidenciais está cheio de ilegalidades, pelo que admitem “impedir” que a campanha eleitoral decorra “num clima de paz e serenidade”.

Acusam Carlos Gomes Júnior de fazer campanha com meios do Estado, dizem que não há condições para umas eleições justas e transparentes, e condenam os juízes do Supremo Tribunal de Justiça por terem aceitado a candidatura de Gomes Júnior, que consideram inconstitucional.

Os organizadores já afirmaram que é uma marcha pacífica e que os manifestantes vão simbolicamente ocupar as instalações do Tribunal.

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