Da Redação
A troca de conhecimentos entre portugueses e brasileiros é histórica. Durante a época da colonização e ainda por décadas depois, a tradicional Universidade de Coimbra recebia jovens brasileiros para cursos de ensino superior, algo então inexistente em terras brasileiras. Dois séculos depois, as relações entre os dois países vivem novamente um momento de efervescência baseado na educação. Como prova disso, na última terça-feira (14), foi assinado um convênio entre a Escola de Gestão do Porto (EGP) – órgão da Universidade do Porto – de Portugal, e o Instituto para Capacitação Profissional (IPCP), do Ceará. O pacto teve apoio decisivo da Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE).
O encontro ocorreu no Salão de Integração da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Após breve conversa, onde foram apresentadas as principais idéias acerca do acordo, o presidente da CBP-CE, Jorge Chaskelmann, o presidente da EGP, Nuno de Sousa Pereira, e a diretora do IPCP, Ana Martha Coutinho, assinaram o convênio.
O objetivo é promover o intercâmbio de alunos do IPCP para a realização de pós-graduação em Gestão Empresarial na Universidade do Porto. “Para nós é uma honra muito grande realizar essa parceria com uma das melhores escolas do mundo”, disse Ana Martha Coutinho, diretora do IPCP, acrescentando que, além de melhorar o intercâmbio entre os dois países, o objetivo é formar profissionais de acordo com as necessidades do mercado. “A academia fomenta o desenvolvimento de forma muito ampla”, salientou.
Já o diretor da EGP, Nuno de Sousa Pereira, disse que, para a escola, essa “é a oportunidade que temos não só de transmitir conhecimentos, mas também de aprender muito com a realidade empresarial brasileira e, em particular, da região de Fortaleza”. Segundo ele, é cada vez mais importante para Portugal apostar nas parcerias com o empresariado brasileiro, uma vez que a economia lusa para por um momento difícil, sobretudo no mercado interno. “Benefícios para ambos os lados podem ser aproveitados”, ressaltou.
O presidente da CBP-CE, Jorge Chaskelmann, por sua vez, destacou que o papel da Câmara é sempre tentar criar melhores relações empresariais entre brasileiros e portugueses. Segundo Chaskelmann, o apoio ao projeto se deve ao desejo de solucionar as dificuldades que empresários de Brasil e Portugal têm em relação ao conhecimento da realidade econômica de outros países. “(Esse acordo) é um facilitador imenso para o empresário que vai para outro país”, explica.
O vice-presidente da CBP-CE, Roberto Marinho, destacou a importância da informação para desfazer mitos sobre os negócios. “É difícil fazer negócios, mas é difícil para todos, então o empresário precisa entender como funciona o mercado”, diz Marinho. Para ele, quando se alia a informação com a formação, cria-se um clico de capacitação que desemboca em resultados práticos. “A oportunidade para os negócios está posta”, completa.
Na sequência da assinatura do convênio, foi servido um almoço para todos os presentes ao encontro. Em clima descontraído, foram abordados temas relacionados, em sua maioria, a realidade econômica de Brasil e Portugal.
