“O Futuro que Vale a Pena Escolher” é o nome do relatório lançado pelo Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global, criado em 2010; combater problemas econômicos através do meio ambiente é a ambição maior.
Por Joyce de Pina
Rádio ONU em NY
O relatório “O Futuro que Vale a Pena Escolher” foi lançado em 30 de janeiro pelo grupo de trabalho “Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global”, criado pelo Secretário-Geral da ONU há dois anos.
A importância deste documento reporta às recomendações, ao todo 56, feitas pelo painel, dirigido pela presidente da Finlândia, Tarja Halonen, e pelo chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma.
As recomendações podem ser a chave para sair das crises econômicas que o mundo enfrenta, e deverão ser debatidas na Cimeira Rio+20. Algumas das sugestões coincidem com as apresentadas no esboço de plano da cimeira a ser realizada no Brasil em Junho.
O grupo integra representantes de 22 países, aos níveis de chefes de Estado e de governo, entre eles Luisa Dias Diogo, antiga primeira-ministra de Moçambique, e Izabella Vieira Teixeira, atual ministra do Meio Ambiente do Brasil.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, indicou que este relatório adquire contornos mais importantes devido às múltiplas crises existentes atualmente. A presidente da Finlândia, Tarja Halonen, realça a importância do documento com o fato dos decisores políticos necessitarem de ideias para navegar estes tempos difíceis.
Se as recomendações forem aplicadas, o impacto na vida quotidiana global será “imenso”, admitem os especialistas.
Recomendações
Uma das recomendações aponta para os governos integrarem os custos ambientais nos produtos criando um sistema econômico que protege os recursos naturais e sublinha que, com a ajuda da ONU, os executivos devem adotar indicadores que avaliem o desempenho econômico para além do Produto Interno Bruto.
Esta seria uma nova forma de medir a sustentabilidade das economias nacionais.
Outras recomendações dirigem-se para a necessidade dos mercados financeiros promoverem regulamentos a longo prazo que incentivem investimento mais estável e sustentado.
Além disso, os subsídios que ferem a integridade ambiental deverão ser eliminados até 2020.
Integrar Soluções
A ONU estima que os governos gastam mais de US$ 400 bilhões por ano subsidiando combustíveis fósseis, para não falar nos países da Oecd que gastam quase o mesmo em subsídios agrícolas para os seus produtores.
Os governo em todo o mundo devem considerar criar um fundo gobal para a educação para promover as Metas do Milênio, e o acesso à água potável, saneamento básico e alimentação devem mesmo ir além do estipulado pelas metas.
A ideia é colocar em prática o mais depressa possível estas recomendações e integrá-las nas linhas de ação econômica em todo o mundo desenvolvidas pelos governo nacionais, sem perder tempo.