Beneficência Portuguesa SCS investe em equipamento e formação do futuro

A diretoria da Beneficência Portuguesa de São Caetano do Sul. Foto: Mundo Lusíada

Mundo Lusíada

Em mais um ano de crescimento, o hospital Beneficência Portuguesa de São Caetano do Sul inovou mais uma vez, e traz uma novidade aos seus associados a partir de 2012. A diretoria do hospital trouxe um equipamento de ressonância magnética de fibra ótica sendo a primeira unidade no Brasil. O anúncio foi feito ao Mundo Lusíada pela diretoria da Beneficência de SCS durante a festa de final de ano do hospital, na Casa de Portugal do Grande ABC, onde estiveram presentes representantes da GE, empresa que vendeu o equipamento que até então não existia no país.
“Isso para nós é um orgulho” afirma Antonio Rubira, em nome da Beneficência, que deve receber o equipamento de ponta entre 21 e 23 de janeiro. “Estamos criando um setor de imagem maravilhoso, além de ortopedia e pediatria novos, o hospital está numa fase maravilhosa” afirma.
A Beneficência passou por eleições em março de 2011, em chapa única, elegendo Ademir Pardo para presidência e Antonio Rubira para vice. “Mas a responsabilidade é a mesma tanto para um como para outro. No dia a dia, cada um faz a sua parte” diz o presidente Ademir Pardo.
“O hospital tem para começo de janeiro um setor totalmente novo de hemodinâmica onde a idéia é começar a implantar exames de cateterismo na área cardiológica” diz o presidente informando ainda que até meados de fevereiro – que já está em fase de implantação no hospital – o novo serviço de ressonância. “É a única forma de criarmos nichos e aumentar a receita do hospital”.
A direção da instituição revelou ainda que no último ano aumentou o número de leitos, oferecendo cerca de 150 leitos, num crescimento de 38% em 2010, seguido de 22% em 2011, um ano em que o hospital já recebeu usuários de longe, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Bahia. Também foi finalizado o projeto de uma pediatria e ortopedia, novinha em folha e já em uso no hospital. Apesar da sociedade ser composta de cerca de 1100 associados, a Beneficência de SCS recebe uma média de 12 mil pessoas ao mês, atendendo a todos os planos de saúde. A estrutura já soma 495 funcionários, quase 250 terceirizados, mais de 300 médicos, o que agrega uma média de mil famílias, o que demonstra a importância da instituição para a comunidade e para a região.
“O hospital vem caminhando bem, tem tido dias de alegrias para os que trabalham com afinco e amor, determinados para que vá à frente. 2011 foi um ano positivo, o hospital tem crescido em todos os sentidos, tem dias que não há vagas para internar porque está lotado” diz o presidente do Conselho do hospital, Raul Duarte, atribuindo o crescimento a atual diretoria.
“É o dinamismo de quem está a frente da diretoria, Sr. Ademir e Rubira, o empenho deles que tem sido a mola propulsora do andamento do hospital” elogia. E quando pensa em colher os frutos em 2012, Raul Duarte diz o contrário e espera a continuação do trabalho. “Em 2012 tem que continuar a plantar, nunca se pode pensar em colher. Sempre colhemos aquilo que fizemos e deu certo, recebemos indiretamente como consequência e que ali há uma bênção. Mas tem muita coisa pela frente a ser feita, o hospital tem muitas aspirações, e para mim 2012 é continuação, tem que continuar firme porque todo dia é um novo dia”.
E um projeto de um novo hospital também está na lista desta gestão, um projeto ainda em estudo que pretende agregar novas tecnologias. “O ano de 2012 acreditamos que será excelente no hospital, financeiramente está super equilibrado, pagando as contas, as dívidas e os funcionários” diz o vice Rubira.
Para 2012, a Beneficência ainda contará com uma reforma no Pronto Socorro, e no quinto andar do hospital, e na parte do prédio velho para área técnica onde ficarão os prontuários médicos. “Os ciclos do hospital são de quatro a cinco anos, os equipamentos devem ser substituídos porque as tecnologias são adaptadas, e começa tudo de novo” afirma Rubira.

A Empresa
Há cerca de 10 anos, a gestão da Beneficência tem cuidado com carinho do hospital, que se encontrava acumulado em dívidas. Desde então, essa equipe tem tido uma grande preocupação com as futuras gestões.
Antonio Rubira, atual vice-presidente e grande responsável por esse crescimento juntamente com toda sua equipe, conta como a Beneficência se tornou uma escola para os novos integrantes deste time.
Segundo Rubira, a gestão anterior trabalhou no primeiro ano e nos outros 20 anos “não foi feito absolutamente nada” diz. “Parece brincadeira mas sempre conto um caso em que sempre criticava uma pessoa da Madeireira Catarinense. Aqui entrou quatro caminhões mas as notas fiscais nunca vieram, porque o telhado não foi feito de madeira”. Rubira ainda cita que na época não havia computadores no hospital, mas havia dívida de 76 computadores para pagamento, nem tinha televisão, cama elétrica ou comida para os funcionários.
Atualmente, Rubira conta que movimenta o hospital atual, estão abrindo um novo hospital, e pagando as dívidas velhas (80% delas já foram liquidadas), o que seria equivalente a tocar três hospitais. A primeira medida quando entraram foi a mudança de estatuto, não permitindo mais do que uma gestão por presidente, portanto obrigatoriamente de três em três anos a Beneficência de SCS elege um novo presidente e vice. “Na próxima, entra o Flávius como vice, e Ademir continua, e em seis anos sai o Ademir e entra o Flávius como presidente. Estamos fazendo uma sequência, tentando trazer pessoas jovens para que a gente consiga ter na Beneficência Portuguesa uma alternância. Pode até ser as mesmas pessoas” diz Antonio Rubira, tendo o futuro bem planejado. E já conta com futuros nomes.
“Estamos a procura de pessoas que possam nos ajudar. A Cristiane é uma das próximas que vai entrar no grupo, o Roberto também. São pessoas que começam ajudando em Compras, depois em Projetos, até chegar a Tesouraria, presidência ou presidência do Conselho. Estamos criando uma firma porque é muito difícil achar profissional no mercado” diz Rubira. “A Cristiane por exemplo começou de recepcionista, chefe de setor de Raio X, agora está em Segurança do Trabalho. São pessoas que vamos trocando de cargo para quando chegar a oportunidade ela tem noção completa de como funciona o hospital” afirma ele que já chegou a receber uma proposta tentadora da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, mas recusou em prol deste projeto.
“Isso fez com que a Beneficência tivesse na situação que está hoje, está virando o senhor hospital” diz Antonio Rubira que pretende ir diminuindo a sua presença na instituição. “Temos um grupo de 12 pessoas que qualquer um poderia exercer qualquer cargo, um ajudando o outro. Eu já dei a minha contribuição para esse hospital, já se foram 10 anos, não que eu queira me afastar mas que eu fique um pouquinho mais tranquilo”.
Dos hospitais com dívidas do tamanho das que foram adquiridas na Beneficência em São Caetano em gestões passadas, nenhuma outra sobreviveu. Por isso a importância de todo o planejamento visando o futuro. Para Rubira, o resultado positivo atual se deve primeiramente a união desta gestão, e em segundo plano pela formação gerida dentro da Beneficência.

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