Sociedade luso-santista reconhece trabalho do vice-cônsul Rogério dos Santos Vieira, que recebeu o “Troféu Fernando Pessoa”
Vanessa SeneMundo Lusíada
Mundo Lusíada O presidente do Conselho Ernesto Vieira, ao lado do Vice-Cônsul Rogério Vieira e esposa Maria dos Anjos, e o presidente da Sociedade União Portuguesa, José Duarte e Maria de Fátima. |
Localizada na cidade de Santos, litoral paulista, a Sociedade União Portuguesa (SUP) recebeu muitos convidados no jantar de comemoração de seus 94 anos de fundação em 20 de outubro. Para marcar a data, a entidade convidou o Vice-Cônsul de Portugal, Rogério dos Santos Vieira para receber o Troféu Fernando Pessoa, homenagem feita a uma figura de destaque na luso-brasilidade. “Merecidamente, Rogério dos Santos Vieira é uma das pessoas que mais luta em prol da comunidade, amigo dos portugueses com o Consulado, é justíssimo essa homenagem e veio até mesmo muito tarde, mas nós tentamos reparar esse erro”, disse ao Mundo Lusíada o presidente da casa, José Duarte de Almeida Alves, sobre a escolha do nome.
Há 11 anos no Consulado de Santos, Rogério Vieira é natural de Moçambique, onde viveu e estudou. Foi admitido para carreira consular em Portugal no ano de 1975, e trabalhou por anos no registro de portugueses na África. Após passar pela Venezuela, foi convidado a trabalhar em Santos, onde está até hoje.
“Quero aproveitar para cumprimentar o Mundo Lusíada, todos os seus leitores e toda a comunidade em geral”, falou o vice-cônsul, “estou muito feliz por ter sido escolhido nesse ano, sinto-me completamente realizado. Santos para mim vai continuar a ser a cidade onde eu teria escolhido para viver”, disse.
Durante discurso emocionado, Vieira afirmou ser este um reconhecimento da relação entre os luso-brasileiros que “lamentavelmente irá terminar”. Em tom de despedida, disse que mesmo longe, as melhores recordações de Santos ficam guardadas no coração, e agradeceu a todos os amigos portugueses, que estiveram ou não presentes.
Em seu segundo mandato, que encerra em 2008, José Duarte disse em discurso que a associação completa quase uma centena de anos “de orgulho”. Citou seus fundadores, já falecidos, e pediu apoio de todos os associados para a realização de um sonho e uma necessidade: a fusão da entidade com o Centro Português de Santos.