Da Redação
Em 2018, 510 mil brasileiros embarcaram em navios de cruzeiros dentro e fora do país, número quase 15% maior do que em 2017. É o que mostra um estudo anual da Cruise Lines International Association (CLIA), que traça o perfil de cruzeiristas em todo o mundo, com métricas diferentes das utilizadas pela CLIA Brasil, que traz dados por temporada (novembro a abril).
“O brasileiro tem tudo a ver com os cruzeiros. São pessoas que amam viajar e que, independente do momento em que estão vivendo, prezam por dias de descanso e diversão. Aliado a isso, os navios são sempre excelentes opções de custo x benefício, o que permite que esse tipo de viagem se adeque ao bolso de casa pessoa. Além disso, uma pequena melhora na economia já surte um grande impacto na demanda de cruzeiristas, junto aos associados CLIA no mundo todo, tanto que devemos crescer dois dígitos na temporada que acabou em abril, e para 2019/2020, com um navio a mais na costa brasileira, a oferta vai crescer e deve chegar a 530 mil leitos”, disse Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Os brasileiros preferem aliar custo, benefício, segurança e entretenimento em um mesmo produto. Mas para onde esse meio milhão de pessoas navegou no ano passado? Em primeiro lugar aparece a própria costa brasileira, que também mensura roteiros pela América do Sul, com 315 mil viajantes, 13% a mais que no período anterior.
Já dentre destinos internacionais, o Caribe é o preferido dos brasileiros, com 111 mil cruzeiristas, o que representa um crescimento de 7%. Muitos fatores contribuem para isso, entre eles a diversidade de destinos da costa caribenha.
De Barbados à Jamaica, de St. Lucia às Bahamas, de Guadalupe à Trinidad e Tobago, são oferecidos roteiros que permitem que as pessoas cheguem a muitos lugares paradisíacos que estão próximos, mas que viajando isoladamente custariam muito mais ou teriam que ser conhecidos em viagens diferentes.
Em seguida, a Europa mostra que é querida pelos brasileiros, não apenas pelos ares, mas também pelos mares, recebendo quase 49 mil cruzeiristas do Brasil, distribuídos entre roteiros pelo Mediterrâneo Central e Ocidental (21 mil pessoas), Leste do Mediterrâneo, (17 mil cruzeiristas), países Bálticos, (5 mil brasileiros) e Norte da Europa (6 mil pessoas).
Vale destacar os cruzeiros de Travessia, que foram escolhidos por mais de 22 mil pessoas. Eles acontecem a cada início ou término de temporada, quando os navios saem do destino atual e seguem rotas que atravessam oceanos, como as dos antigos transatlânticos, para chegar no local onde começará um novo período de navegação. Essa viagem, que é mais longa, pode ser muito vantajosa para os turistas que querem conhecer diversos lugares com excelente custo-benefício, além de ser possível fazer apenas alguns trechos desses roteiros, com possibilidades de embarque em diferentes cantos do mundo.
O estudo ainda traz África e Oriente Médio, que, juntos, receberam 4,5 mil brasileiros pelo mar, além do Alasca, que foi procurado por quase 3 mil cruzeiristas do Brasil. Esses números, que apresentam uma crescente nos dois últimos anos, vão ao encontro de um recente estudo, também da CLIA (Cruise Line International Association), que traz a procura por destinos exóticos e menos acessíveis como uma tendência para este ano.
Para finalizar, foi traçado um breve perfil desses viajantes, que mostra que a idade média entre os cruzeiristas brasileiros é de 44 anos, e que essas pessoas optaram por viagens com duração de 7 dias, na maior parte das vezes.
As informações são da CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), um dos 15 escritórios mundiais da Cruise Lines International Association, principal autoridade da comunidade global de Cruzeiros Marítimos.