Da Redação
Com agencias
A revolução portuguesa de 25 de abril de 1974 “foi uma conquista da humanidade”, defendeu hoje em Salamanca, Espanha, o antigo presidente brasileiro, Lula da Silva.
“O cheiro da Revolução dos Cravos tomou conta da América Latina e de muitos países africanos, eu por isso tenho o prazer de ter vivido no século em que houve muitas ditaduras, mas também houve muita lutas pela independência e pela liberdade”, disse o antigo chefe de Estado do Brasil, salientando que a reconquista da democracia portuguesa depois de 40 anos de ditadura “foi uma conquista da humanidade”.
Lula da Silva adiantou que a Revolução dos Cravos “chegou mais depressa ao Brasil que as caravelas de Pedro Álvares Cabral”, recordando que enquanto operário metalúrgico estava, na época, a dar os primeiros passos no movimento sindical e que o Oceano Atlântico foi muito estreito para conter o fulgor da revolução portuguesa.
Lula da Silva, que recebeu em 23 de abril um doutoramento ‘honoris causa’ da universidade de Salamanca, participou numa conferência no Museu do Oriente, em Lisboa, sobre “O 25 de abril visto de fora”.
O ex-presidente brasileiro chegou a Lisboa, e teve reuniões com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e com o presidente Aníbal Cavaco Silva.
No Palácio de Belém, dia 24, o antigo Presidente do Brasil foi recebido pelo Presidente da República, a quem ofereceu uma camisa da seleção brasileira de futebol.
Lula pediu que Portugal “não faça o mesmo que o Uruguai”, numa referência à vitória da seleção uruguaia no último campeonato mundial de futebol no Brasil, na década de 1950.
O campeonato do mundo de futebol – “Copa do Mundo” – deste ano decorre em várias cidades brasileiras entre 12 de junho e 13 de julho.