Mundo Lusíada com Lusa
Joana Vasconcelos, Vhils, Daniel Blaufuks ou Malangatana são alguns dos 45 artistas representados em “Porto de Nós”, coletiva de arte contemporânea que é inaugurada na Central das Artes, em Porto de Mós, no distrito de Leiria, na sexta-feira.
Integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de Porto de Mós, a exposição pretende estabelecer pontes entre artistas lusófonos, juntando obras de criadores de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
“Esta exposição procura fazer um pouco a retrospetiva da descolonização que se seguiu ao 25 de Abril”, mostrando arte de “nações que se tornaram independentes e que foram influenciadas por todo o processo do 25 de Abril”, explicou à agência Lusa o vereador da Cultura de Porto de Mós, Eduardo Amaral.
Com curadoria de João Carlos Silva, Ricardo Barbosa e André Coelho Vicente, “Porto de Nós – Confluências transnacionais” assume-se como “local de confluências internacionais”, numa referência “à ligação entre países”, através “da história, identidade e liberdade”, mas também do mar, “meio que facilitou a troca de ideias, culturas e influências”.
“É isso que esta exposição vai tratar”, sublinhou o vereador, realçando enquanto fio central da mostra a língua portuguesa, pela “força unificadora” e “importância histórica da sua ligação entre os povos dos países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa]”, concluiu Eduardo Amaral.
Patente até 30 de agosto, a exposição reparte-se pelos núcleos “Conexões ancestrais”, “Identidades partilhadas” e “Liberdade e transformação”, e conta com obras de pintura, escultura, fotografia e instalação.
Abel Júpiter, Abraão Vicente, Alexandre Farto (Vhils), Alfredo Cunha, Amilton Neves Cuna, Ana Silva, António Faria, Bento Oliveira, Carlos Noronha Feio, Célia Bragança, Cristiano Mangovo, Daniel Blaufuks, Eduardo Malé, Eugénia Mussa, Félix Mula, Francisco Vidal e Gabriela Carrascalão são alguns dos artistas presentes.
Entre as presenças, incluem-se também Gonçalo Mabunda, Inês Gonçalves, Joana Vasconcelos, Joca Faria, José Chambel, Kiluanje Liberdade, Kwame Sousa, Leão Lopes, Lino Damião, Luís Amado, Malangatana Ngwenya, Manuela Jardim, Manuela Pimentel, Marta de Castro, Nelo Teixeira, Neve Insolar, Olavo Amado, Oleandro Pires Garcia, Renata Sadimba, René Tavares, Roberto Chichorro, Rodrigo Bettencourt da Câmara, Rômulo Santa Rita, Vanessa Barragão, Virgínia Fróis, Young Nuno e Yuran Henrique.
A inauguração é na sexta-feira, na Central das Artes de Porto de Mós, às 17:30.
Em Faro
Já em Loulé, o festival de artes performativas Tanto Mar regressa ao distrito de Faro, de 21 a 25 de maio “para celebrar a liberdade e as suas expressões”, com artistas de países de língua portuguesa.
Segundo um comunicado, a programação do festival “é especialmente dedicada à partilha de conhecimentos, experiências, diferentes linguagens, culturas e memórias, não abdicando, este ano, de acentuar, no seu reportório, a celebração dos 50 anos do 25 de Abril”.
De acordo com a nota as “propostas artísticas” do festival “têm origem” em São Tomé e Príncipe, Brasil, Moçambique e, pela segunda vez, com a presença, também, de um grupo de nacionalidade portuguesa.
Na abertura oficial do Tanto Mar, a 21 de maio próximo, serão apresentados os grupos participantes e haverá um debate aberto ao público, moderado por Miguel de Barros (Guiné-Bissau) em Tantas Conversas.
No primeiro dia do festival também será lançado o livro “5 anos de marés” para celebrar a aquela que é a 5.ª edição do Tanto Mar.
Confira programação o site https://cineteatro.cm-loule.pt/39871/festival-tanto-mar-2024-pela-folha-de-medronho