10 Junho: “Em tempos difíceis” importa celebrar “o orgulho de ser português”

O primeiro-ministro, António Costa, durante as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, 10 de junho de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
O primeiro-ministro, António Costa, durante as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, 10 de junho de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que “em tempos difíceis e de incerteza” importa celebrar “o orgulho de ser português”, manifestando esperança de poder voltar a comemorar o 10 de Junho junto das comunidades no estrangeiro em 2021.

Num vídeo publicado nas redes sociais para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, António Costa quis dirigir-se “de modo particular às comunidades portuguesas no estrangeiro”.

“Em tempos difíceis e de incerteza, importa celebrar – ainda que por via digital – o orgulho de ser português”, defendeu.

O primeiro-ministro recordou que a importância da diáspora justificou a decisão conjunta, com Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “de acrescentar uma vertente externa às comemorações do 10 de Junho” com celebrações deste dia também junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, como foi em França em 2016, no Brasil em 2017, nos Estados Unidos em 2018 e em Cabo Verde em 2019.

“Este ano, tínhamos previsto participar nas celebrações oficiais na Madeira e junto da comunidade portuguesa na África do Sul. Infelizmente, a situação vivida ao nível internacional, em resultado da pandemia, não nos permitiu que esse encontro se realizasse de imediato, mas esperamos poder celebrar de novo esse dia junto das comunidades portuguesas em 2021”, antecipou.

Assinalando que muitos destes portugueses saíram do país “em circunstâncias difíceis”, António Costa enalteceu que, “com o seu esforço”, conseguiram “construir projetos de vida bem-sucedidos”.

“Queremos que continuem a visitar Portugal como quem regressa a casa. Queremos que os seus filhos e os netos perdurem esses laços e participem de forma efetiva na vida do nosso país”, salientou.

A diáspora, na perspetiva do primeiro-ministro, “tem demonstrado grande facilidade de integração nos países de acolhimento, sem nunca perder as suas raízes em Portugal”.

“Os portugueses e lusodescendentes representam a porta de entrada de Portugal no mundo globalizado, potenciando as oportunidades de penetração e de cooperação com espaços mais vastos”, assinalou.

Portugal, segundo António Costa, procura dar-lhes os meios que “permitam manter uma efetiva ligação” ao país, “através de sucessivas gerações, pela participação cívica, pela aprendizagem da língua e pelo acesso a bens culturais”.

“É com determinação e esperança que vos saúdo nesta data, certo de que nos reencontraremos em breve. Até lá, o meu abraço a todos os portugueses espalhados pelo mundo. Continuamos unidos pelo amor à nossa pátria, fortes e determinados na construção de um futuro melhor, todos juntos”, concluiu.

O primeiro-ministro esteve nesta manhã no Mosteiro dos Jerónimos na cerimônia com a qual o Presidente da República assinalou o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com um programa mínimo, apenas com dois oradores e seis convidados.

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