Obama diz que EUA “não está na situação nem da Grécia nem de Portugal”

Da Redação
Com Lusa

Foto: Reprodução / Divulgação

O Presidente dos Estados Unidos advertiu que o “tempo urge” para aumentar o limite da dívida e evitar o “fim do mundo” do incumprimento, mas ressalvou que os Estados Unidos “não estão nem na situação da Grécia nem de Portugal”. 

Barack Obama disse estar recetivo a uma proposta “séria” dos seus adversários políticos do partido republicano e recordou que, dia 14, forneceu um prazo entre 24 horas e 36 horas à Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso dos EUA, com maioria republicana) para chegarem a um acordo, enquanto aumentam os receios sobre um incumprimentos dos seus compromissos financeiros a partir de agosto.   

O Presidente norte-americano adotou, no entanto, um tom otimista, ao afirmar que os Estados Unidos “não estão nem na situação da Grécia, nem na situação de Portugal”, sem adiantar mais pormenores.  

“Tenho sempre esperança. Não se recordam da minha campanha?”, referiu, numa alusão ao slogan “esperança” que dominou a campanha democrata para  as presidenciais de 2008.  
“Se não apresentarem um plano sério (numa referência à Câmara dos Representantes) estou preparado para atuar”, assegurou. As reuniões organizadas diariamente esta semana na Casa Branca com os republicanos revelaram-se até ao momento inconclusivas.  

Em simultâneo, Obama considerou “pouco sério” o plano republicano de garantir um compromisso sem aumentar os impostos e repetiu a sua preferência  por um ambicioso plano de redução do déficit de quatro biliões de dólares (2,8 biliões de euros) em dez anos.  

Na ausência de acordo, Obama também deu a entender que poderia apoiar um complexo programa alternativo sugerido pelo chefe da minoria do Senado, Mitch McConnell.  

“Será construtivo dizer que se Washington funcionar como é habitual e seja impossível um acordo, tentemos pelo menos evitar o fim do mundo”, disse, ao utilizar o termo bíblico “Armagedão”.   

Uma nova proposta republicana, que foi divulgada nesta sexta, propõe a redução das despesas federais em 2,5 biliões de dólares e a limitação das despesas da administração para uma porcentagem ainda em discussão. Em troca do aumento  do limite da dívida pública, também é sugerida uma alteração constitucional para impor um orçamento equilibrado.  

Obama manifestou inicialmente a intenção em reduzir a dívida norte-americana em quatro biliões de dólares nos próximos dez anos. A dívida atinge atualmente  os 14,29 bilhões de dólares, e continua a aumentar ao ritmo do déficit orçamental, que este ano deverá atingir 1,6 bilhões de dólares.  

Os adversários republicanos de Obama recusam terminar com as isenções de impostos que favorecem as classes média e alta, aprovadas no consulado do Presidente George W. Bush, e consideram que o déficit ser apenas reduzido através do corte nas despesas.

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