Professores de São Paulo viajam para atuar em Timor-Leste

37 pós-graduados, entre brasileiros e portugueses, partem neste início de fevereiro para um ano de docência na Universidade Nacional de Timor-Leste.

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Da Redação

Uma experiência acadêmica especial aguarda os docentes selecionados e capacitados pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) para atuar temporariamente na Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL). Parte dos 32 professores brasileiros viaja neste sábado, 4 de fevereiro, de São Paulo, seguidos depois pelos de outros Estados, para mais de 30 horas de voo. Os cinco portugueses sairão de Lisboa.

O pequeno país asiático de língua portuguesa terá a colaboração dos 37 professores em 17 cursos de graduação da UNTL, em parceria com os docentes timorenses, atendendo ao contexto e as demandas da universidade e de Timor. Trata-se de mais uma ação de internacionalização e cooperação com o país por parte do Mackenzie, sob coordenação da professora e linguista Regina Brito.

Segundo ela, a ação foi pensada pela Universidade Nacional de Timor, que convidou a Mackenzie, “uma vez que 2012 marca o ingresso, na universidade, da primeira geração de timorenses cuja escolarização, em língua portuguesa, ocorreu com o país independente”. As aulas começam em 13 de fevereiro, sendo que todo o desenvolvimento dos trabalhos com os professores intercambistas será acompanhado pelo Mackenzie, inclusive com visitas in loco ao longo do ano.

“Missionários” com grandes expectativas

“Estou bastante empolgado e emocionado com a oportunidade de contribuir para a educação de um país, e quero aprender bastante com o povo timorense”, entusiasma-se Alexandre Silveira, de Santa Catarina, selecionado para ministrar aulas na área de Língua Portuguesa. Para ele, a oportunidade é também importante para despertar a solidariedade e a consciência do papel social dos professores. “Precisamos uns dos outros para a construção de uma nação que realmente respeite seus cidadãos”.

O caráter social do programa contagiou não apenas os professores selecionados, como também suas famílias. “Meu pai e meu irmão estão me apoiando fortemente e divulgando a todos a minha missão”, conta Everton Lacerda Jacinto, que vai atuar no ensino de Matemática. Mas pondera que a saudade da família vai ser inevitável: “Tive que me conter, todos estão emocionados com minha partida. Mas dou razão, são dois oceanos para enfrentar”, brinca.

Para o português Sérgio Roque, professor da área de Engenharia, a diversidade cultural é um dos grandes aprendizados para os docentes temporários. “Timor é uma terra multicultural, onde vamos encontrar pessoas de todos os cantos do mundo. Vamos conhecer culturas que podem alterar para sempre as nossas vidas”, destaca.

6 Comments

    1. Um grande amigo meu está nessa missão, e não é por dinheiro, é porque ele acredita que pode ajudar a fazer um mundo melhor. Mas para matar sua curiosidade, eles vão receber uma bolsa de U$$ 3.500,00 dólares mensais.

      Grande abraço,

    2. Oi Daiane. So mesmo no site da noticia ceoplmta. Infelizmente, nao tenho detalhes. Mas peco que, caso va para ensinar, envie depoimento da experiencia para o blog que publicarei. Abraco.

  1. Depende de como olhamos esta experiência. Do PONTO DE VISTA CAPITALISTA, pode não ser interessante, pelo que eu saiba, não se faz fortuna como professor canto nenhum do mundo! Mas do ponto de vista SOCIAL, HUMANITÁRIO, E PESSOAL, com certeza estes professores ganharão muito, o conhecimento adquirido e transmitido vale mais que qualquer moeda.

  2. Sou Professor e eepicialssta, moro no Parana e concordo plenamente com a acao dos professores e alunos. Todos nos temos o direito de reivindicar melhorias significativas em todo ambito educacional da instituicao em questao. Sigam firme pessoal e lutem pelos seus direitos, mas sem violencia, facam movimentos pacificos!

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