Presidente de transição diz que preparação de eleições na Guiné “custou mas foi”

Da Redação
Com agencias

Guine-BissauO Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, disse que a preparação das eleições gerais de 13 de abril “custou, mas foi”, numa mensagem ao país divulgada em 21 de março.

“Como se costuma dizer: custou, mas foi. É assim chegado o momento em que os guineenses terão oportunidade de debater e discutir, sem tabus, todos os projetos e programas políticos a serem apresentados pelos candidatos”, disse Nhamadjo.

O presidente de transição falou um dia antes aos aos jornalistas, antecipando a mensagem gravada, um dia antes de começar a campanha eleitoral. “Não devemos de maneira nenhuma desperdiçar estes 21 dias [de campanha] em querelas estéreis” ou “ataques pessoais que não conduzem a nada de positivo”, sublinhou.

“Façamos uma campanha viva, mas serena”, pede o Presidente de transição, que quer evitar intervenções que possam “criar descrédito dos atores políticos e alimentar ódios entre os guineenses”.

“Num ambiente de festa politica, em que cada um deve atentamente ouvir e fazer-se ouvir”, apelou Nhamadjo: “É preciso não nos esquecermos que o que nos une é bem maior e mais profundo que todas as divergências que possam existir”, concluiu.

As eleições gerais (presidenciais e legislativas) estão marcadas para 13 de abril e são as primeiras desde o golpe de Estado de 2012. Concorrem 13 candidatos à Presidência e 15 partidos tentam ter assento na Assembleia Nacional Popular.

ONU condena intimidação

O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Ramos-Horta, avisou que a organização não vai tolerar qualquer atitude intimidatória “de quem quer que seja” contra políticos durante a campanha eleitoral.

O Partido da Renovação Social (PRS) denunciou o sequestro de um dos seus candidatos às eleições legislativas de 13 de abril, Mário Fambé, que terá sido levado para parte incerta por homens armados, ao sair da sua casa, em Bissau, e por razões não reveladas.

O caso foi denunciado numa conferência de imprensa do candidato presidencial Abel Incada, segundo o qual tem havido perseguições contra outros dirigentes do PRS por parte de elementos que não identificou.

O representante do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, José Ramos-Horta, disse à Lusa que já está a par da situação.

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