“Mundo lusófono tem tudo para se constituir como potência global” diz Passos Coelho

Mundo Lusíada
Com Lusa

O primeiro ministro Pedro Passos Coelho, discursa na conferência das Nações Unidas Rio+20, 21 de janeiro de 2012, no Rio de Janeiro, Brasil. FERNANDO MAIA/EFE

 

O primeiro-ministro considerou que o mundo lusófono tem tudo se constituir uma potência global e afirmou haver entusiasmo dos presidentes do Brasil, Angola e Moçambique com a ideia de uma “aliança de prosperidade recíproca”.

“Imaginem só o potencial humano, empresarial, político, econômico, social e cultural que temos aqui em reserva”, afirmou Pedro Passos Coelho, durante um jantar com empresários num hotel do Rio de Janeiro.

“Tive, por isso, oportunidade, há alguns meses já de falar, com a presidente Dilma, com o presidente Eduardo dos Santos, com o presidente Guebuza, entre outros, e todos nós, entusiasmados, concordamos sobre as inúmeras vantagens de estabelecer uma aliança de prosperidade recíproca para os nossos empresários e cidadãos, assente numa sólida relação política, social e empresarial”, acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro, os países de língua portuguesa têm “disponibilidade de capitais, de recursos, de conhecimentos técnicos e humanos únicos em muitos setores de atividade”, ou seja, têm todos os ingredientes para construírem um “grande mercado”.

Passos Coelho apontou ainda que cada país lusófono “é uma porta de entrada para uma comunidade maior” e defendeu que, tendo os portugueses sido “pioneiros da globalização”, não faz sentido que desperdicem “os maiores proveitos da atual globalização”.

Em particular quanto às relações com o Brasil, o primeiro-ministro advogou que está sendo construída “uma verdadeira aliança estratégica”, assinalando que escolheu o Brasil para a sua primeira visita fora da Europa, assim como Dilma Rousseff escolheu Portugal para a sua primeira visita fora do continente americano.

Neste jantar com empresários promovido pela Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, estiveram, segundo a organização, cerca de 200 pessoas. O ex-deputado e dirigente do PSD Agostinho Branquinho, que atualmente é administrador da Ongoing Brasil, foi um dos presentes.

 

Real Gabinete

Antes, o primeiro-ministro visitou o Real Gabinete Português de Leitura, onde defendeu que a língua portuguesa deve ser vista “também como um fator global em termos de geopolítica” e apontou o Acordo Ortográfico como expressão de “uma visão estratégica” que deve ser prosseguida.

O Real Gabinete Português de Leitura é uma biblioteca criada no século XIX por um grupo de portugueses residentes no Brasil, sediada num edifício de estilo neomanuelino, no centro do Rio de Janeiro.

Durante a sua visita a esta biblioteca pública, Pedro Passos Coelho destacou o fato de Portugal ter sido “durante treze anos, a parcela europeia de um Império” que tinha o Rio de Janeiro como capital. “Essa situação não tem paralelo na história das nações e continua a constituir-se como um fator de grande interesse e inspirador de reflexões mais vastas”, disse.

Por outro lado, a propósito do papel que “a diáspora portuguesa” pode ter face à situação nacional, Passos Coelho considerou que os portugueses e luso-descendentes espalhados pelo mundo são “um dos melhores cartões de visita” de Portugal. “Mostram a todo o mundo a raça de que somos feitos, a maneira como nunca desistimos de projetos que parecem difíceis”, elogiou.

Em seguida, o primeiro-ministro alegou que Portugal está finalmente a encarar de frente os seus problemas e a seguir a direção certa para os resolver: “Sempre ganhamos tempo quando fazemos o que é preciso, e nós estamos a fazer o que é preciso para colocar Portugal num caminho de crescimento justo”.

3 Comments

  1. Belo discurso, cheio de chavões, de obviedades, de mensagens mais do que surradas. Afinal palavras ao vento. Ninguém mais acredita neste tipo de política. A oratória sem compromisso, sem vontade que algo mude.Se começasse a respeitar os cidadãos que estão fora de Portugal. O Estado tratasse os cidadãos com isonomia, exigir que a máquina Estatal cumpra as palavras proferidas seria um avanço. Esse compromisso não existe, logo não ocorrerá qualquer mudança.
    Ninguém mais acredita neste tipo de discurso.

  2. Acho muito bom Portugal e Brasil trabalharem pela produção cultural. Investir em Cultura. Estive em Portugal em Março por um programa de intercâmbio pelo MINC. Este programa para área cultural financia a viagem, estudo, apresentações. Mas também sei que a primeira coisa que Portugal cortou diante a crise, foi investimento em cultura. A Cultura e sua produção podem ajudar a salvar da derradeira crise de Portugal alavancando projetos . 1 milhão de Reais investidos numa produção geram cerca de 100 empregos, o mesmo milhão numa empresa, apenas 30 ! Números de um estudo de Economia da Cultura, do MINC. Ou seja, já produzimos os botões, carrões e agora temos que construir nossa cultura, solidificá-la! Visto hollywood.

  3. Mundo Iberófono será uma potencia global, à partir de Portugal e Brasi. – E, a explicação está no conceito de – ENDOECONOMIA – procurar no google esta palavra. – Esta é, a receita para revolucionar a economia mundial. – Os produtos e serviços, via a marca GEO, e que pertence aos 10 milhões de portugueses, nesta primeira fase, é a solução! – Alguém se atreve a comentar este revolucionário conceito de economia para o século XXI? – Não é preciso ser nenhum PHD de Economia, basta ler as 7 páginas, com a devida atenção, e, depois, esclarecer as duvidas, pessoalmente, com Roberto Moreno

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