Por Vanessa Sene
Foi em 12 de fevereiro que a Casa de Portugal de Campinas abriu sua programação 2017 com uma grandiosa festa da Vindima, marcada pelo comando do novo presidente José dos Santos Antônio. Português conhecido em Campinas e pela Comunidade Portuguesa por comandar o seu famoso City Bar Lanches, o J.Santos promoveu uma recepção para os cerca de 400 convidados que compareceram ao evento, e foi muito elogiado por toda a festa.
Na recepção, a entidade ofereceu uma mesa repleta de presunto, tremoço, alheiras, bolinho de bacalhau e azeitonas temperadas pelo próprio presidente. No almoço, bacalhoada a vontade e outros acompanhamentos, seguido de pastel de nata e tortilha de uva para os convidados.
“Primeiramente quero agradecer a presença de todos. Cada pessoa tem uma maneira de pensar as coisas do mundo, a minha gestão vai ser virada para dois tipos de coisas do mundo, a cultura de Portugal e a gastronomia de Portugal” disse ao Mundo Lusíada o comerciante que tem “facilidade” com a parte gastronômica, ramo que ele está a quase 50 anos, desde que chegou ao Brasil. Já a cultura disse que contará com sua equipe pois teve poucos estudos. “Mas a vida me trouxe tanta experiência, e montei essa equipe que veste a minha camisa, todos sabem qual é o meu pensamento”.
O novo presidente revelou que seu propósito para essa primeira gestão será uma “Casa de Portugal de fartura, de alegria, de contentamento e de satisfação. Eu quero que todas as pessoas que venham até a Casa de Portugal e saiam daqui encantadas”.
A casa já divulgou a sua agenda anual com a programação até novembro deste ano. O próximo, marcado para 18 de março, promete ser também uma grande festa para comemorar 59 anos da entidade e receber um dos nomes mais populares da música portuguesa, Quim Barreiros. “Uma criatura fantástica, que leva o nome de Portugal aos quatro cantos do mundo, e talvez seja esse o marco do ano das festas da Casa de Portugal” diz o presidente que apresentou ao público, nessa tarde, uma mensagem (em telão) gravada pelo próprio cantor convidando a todos a participarem deste show.
Vindima – Superando todas as expectativas, a casa estava cheia para a primeira festa do ano, os convites esgotaram duas semanas antes da festa. Segundo o presidente, muitos amigos ficaram de fora. “Eu também não contava com isso, eu tinha certeza que os convites se esgotariam três dias antes, mas não duas semanas antes. Para mim é também uma satisfação, preenche muito do que estou buscando, de ser diferente das pessoas. Eu respeito todas as diretorias que estiveram aqui e todas tiveram seu valor, e eu vou ter meu valor”. No palco da casa, J.Santos fez questão de agradecer ao trabalho do antigo presidente Adelino da Ponte, em meio as brincadeiras descontraídas e o sorteio de mimos, junto do vice-presidente Pedro Peixoto.
Apesar da grande satisfação por começar assim a sua gestão, J.Santos diz que vai trabalhar muito pela entidade. “Vou dar o meu coração todos os dias pela Casa de Portugal. Nós portugueses que emigramos somos mais portugueses que aqueles que estão em Portugal, e aqueles que emigraram para o Brasil são diferentes dos emigrantes de todas as partes do mundo. O que foi para a França ou Alemanha volta a Portugal em duas horas, de carro ou avião. Os emigrantes do Brasil não, a nossa saudade é maior, costumo dizer que a saudade dos portugueses que moram no Brasil não tem braço mas aperta mais”.
O folclore deu o charme da tarde com uma apresentação super aplaudida pelo público, uma atração que passa a ter todo apoio da casa e será “cuidada” pelo próprio presidente, um apaixonado por folclore e que já teve até grupo folclórico. “O Rancho que tinha sumido da casa vai ter total apoio, o presidente vai tomar conta do rancho, antes tinha o diretor de folclore porque era separado da casa. Agora não, eu vou decidir tudo, eles sabem que meu pensamento é fazê-los fortes”.
Nesta tarde, o presidente ainda convidou amigos de diversos ranchos folclóricos de São Paulo para estarem presentes. “Eu quero provar que podemos fazer parte de vários grupos folclóricos, folclore é para vivermos a alegria do folclore e não as “mesquinhas” do folclore. Quero ver se consigo, na medida do possível, acabar com essa coisinha, um dança melhor outro dança atrás, quero essa integração de folclore. É difícil, mas também se fosse fácil não teria graça”, finaliza o presidente.