Presidente português apela à participação ativa dos portugueses nas eleições europeias

Da Redação
Com agencias

Cavaco_DiaPortugal2013_ElvasO Presidente de Portugal apelou à participação ativa dos portugueses nas eleições europeias de 25 de maio, sublinhando que as decisões das instâncias europeias condicionam e influenciam profundamente o destino de Portugal e o futuro das novas gerações.

“Quem se alhear do futuro da União Europeia estará a alhear-se do futuro de Portugal”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa comunicação em rede nacional a propósito das eleições europeias.

Recordando que os acontecimentos dos últimos anos, com destaque para a recente crise econômica e financeira, demonstraram, de forma evidente e inequívoca, até que ponto o futuro de Portugal e o futuro da Europa estão interligados”, Cavaco Silva alertou para a importância do ato eleitoral frisando que “as decisões tomadas nas instâncias europeias condicionam e influenciam profundamente a vida dos portugueses, o nosso destino como país, o futuro das novas gerações.”

Segundo ele, o que está em causa é a escolha dos representantes no Parlamento Europeu, “um órgão que desempenha funções essenciais no âmbito da União Europeia” e não a escolha de deputados ao parlamento nacional ou de representantes autárquicos. Por isso, continuou, os eleitores devem informar-se sobre o papel que o Parlamento Europeu irá desempenhar “neste momento histórico de enorme importância” para os portugueses.

Num claro apelo contra a abstenção, o Presidente da República destacou igualmente como essencial que se participe nas eleições através do voto, pedindo para que os eleitores “exerçam o seu direito democrático na escolha dos deputados ao parlamento europeu”.

“Enquanto cidadãos europeus, os portugueses têm o direito – e o dever – de fazer ouvir a sua voz nas instituições que desempenham um papel decisivo para o nosso país”, sustentou, acrescentando que aos deputados europeus caberá contribuir ativamente para que, no desenho das políticas europeias, sejam contemplados os interesses específicos de Portugal.

Depois do apelo à participação nas eleições e no alerta sobre o que está em causa, Cavaco Silva fez ainda alusão aos desafios que a Europa enfrentará nos próximos anos, fazendo votos para que “a União Europeia continue a afirmar-se como um espaço de liberdade e de democracia, promovendo a paz, a segurança e a estabilidade política no mundo e, em particular, nos países” mais próximos.

Entre as questões que estarão em debate, Cavaco Silva destacou a negociação da nova parceria transatlântica com os Estados Unidos, o reforço da União Econômica e Monetária, em particular a operacionalização da união bancária, o aprofundamento da coordenação das políticas econômicas, o aumento da competitividade dos Estados-membros e a criação de instrumentos de dívida comum.

Por outro lado, serão igualmente tomadas decisões de “extrema importância” no setor da energia e reindustrialização das economias europeias, devendo a Europa assumir como prioridades “o crescimento econômico, o combate ao desemprego e a coesão social”.

Além disso, o Parlamento Europeu irá ter também um papel fundamental na próxima escolha do presidente da comissão europeia e na composição deste órgão. “É sobre temas como estes, cruciais para o futuro da Europa e do nosso País, que deve incidir o esclarecimento dos portugueses e o debate entre as forças partidárias”, defendeu o Presidente da República.

Campanha serena
O Presidente apelou também a uma campanha eleitoral para o Parlamento Europeu “esclarecedora, serena e elevada”.

“A campanha eleitoral e o sufrágio do dia 25 de maio irão decorrer num momento muito complexo da vida nacional. Em breve, Portugal tem de definir com clareza que linha de rumo irá seguir após a conclusão do programa de assistência econômica e financeira. A campanha eleitoral deve, pois, decorrer de uma forma esclarecedora, serena e elevada”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Assim, defendeu, em vez de enveredarem pelo “caminho da crispação e da conflitualidade”, os partidos devem apresentar soluções e debater entre si as suas propostas, de forma livre e responsável.

“As querelas artificiais e as controvérsias estéreis impedem o esclarecimento dos Portugueses e o debate democrático. Há questões europeias demasiado sérias e importantes que devem ser discutidas. Um agravamento da crispação partidária poderá prejudicar entendimentos que se venham a revelar indispensáveis no futuro”, sublinhou.

Desta forma, continuou o chefe de Estado, para que exista um verdadeiro debate de ideias, em vez de uma mera troca de acusações e de ataques, é essencial que os portugueses conheçam com clareza as políticas da União que cada partido irá defender no Parlamento Europeu.

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